quinta-feira, 28 de agosto de 2014



É necessário parar de sofrer com dores que já expiraram, com traumas que não nos definem mais, referências ancestrais que há muito não fazem parte de nosso currículo.

Fuja de gente que adora lhe chamar por antigos apelidos, aqueles pejorativos que você concordava em usar só para não desagradar a galera, só para se enturmar. Você não é mais aquele que namorou fulana, a que partiu seu coração. Exija respeito dos "amigos" que adoram te lembrar amores vencidos, casos perdidos, pessoas que passaram_ passaram, não permaneceram.

Atualize sua identidade e não permita recaídas. Confie no cara atrás do espelho, na vida dentro de casa, no número que aparece na chamada do seu celular todos os dias ou pelo menos toda semana.
Se livre de contratos antigos, de parcerias que só existem em sua memória afetiva, de sentimentos que não lhe permitem evoluir.

A gente se acostuma com o personagem. E leva muito tempo investindo em máscaras que já não nos representam plenamente. Pra quê?

Por falta de assunto, a gente inventa que está gorda_ pra falar de dieta com as amigas; reclama da relação pra se sentir parte do grupo de insatisfeitos; ri junto com os amigos que insistem em te ver de forma estereotipada; coleciona justificativas, baseadas em "traumas de infância", quando na verdade há pouca habilidade de lidar com o presente.

Até quando?
Tem horas que é necessário estabelecer limites. Ser conhecedor de si mesmo e detentor de suas verdades. A vida segue, o tempo traz novos ares. Você muda_ quem sabe pra melhor_ e vai continuar fingindo que ainda é aquele que se escondia do mundo?

Desconecte-se daquilo que não lhe traz alegria, renove seus votos com o presente e cultive seus canteiros com flores recém colhidas, sem ervas daninhas...

  Fabíola Simões

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