segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Envelhecer

Envelhecer
Autoria de um excelente professor de física e matemática que também sabe escrever


Conselho aos da minha geração.

Estamos envelhecendo.  Não nos preocupemos!  De que adianta, é assim mesmo.  Isso é um processo natural.  É uma lei do Universo conhecida como a 2ª Lei da Termodinâmica ou Lei da Entropia.  Essa lei diz que:  “A energia de um corpo tende a se degenerar e com isso a desordem do sistema aumenta”.  Portanto, tudo que foi composto será decomposto, tudo que foi construído será destruído, tudo foi feito para acabar.  Como fazemos parte do universo, essa lei também opera em nós.  Com o tempo os membros se enfraquecem, os sentidos se embotam.  Sendo assim, relaxe e aproveite.  Parafraseando Freud:  “A morte é o alvo de tudo que vive”.  Se você deixar o seu carro no alto de uma montanha daqui a 10 anos ele estará todo carcomido.  O mesmo acontece a nós.  O conselho é:  Viva.  Faça apenas isso.  Preocupe-se com um dia de cada vez.  Como disse um dos meus amigos a sua esposa: “me use, estou acabando!”.  Hilário, porém realista.

Ficar velho e cheio de rugas é natural.  Não queira ser jovem novamente, você já foi.  Pare de evocar lembranças de romances mortos, vai se ferir com a dor que a si próprio inflige.  Já viveu essa fase, reconcilie com a sua situação e permita que o passado se torne passado.  Esse é o pré-requisito da felicidade.  “O passado é lenha calcinada.  O futuro é o tempo que nos resta: finito, porém incerto”  como já dizia Cícero.

Abra a mão daquela beleza exuberante, da memória infalível, da ausência da barriguinha, da vasta cabeleira e do alto desempenho pra não se tornar caricatura de si mesmo.  Fazendo isso ganhará qualidade de vida.  Querer reconquistar esse passado seria um retrocesso e o preço a ser pago será muito elevado.  Serão muitas plásticas, muitos riscos e mesmo assim você verá que não ficou como outrora.  A flor da idade ficou no pó da estrada.  Então, para que se preocupar?!  Guarde os bisturis e toca a vida.

Você sabe quem enche os consultórios dos cirurgiões plásticos?  Os bonitos.  Você nunca me verá por lá.  Para o bonito, cada ruga que aparece é uma tragédia, para o feio ela é até bem vinda, quem sabe pode melhorar, ele ainda alimenta uma esperança.  Os feios são mais felizes, mais despreocupados com a beleza, na verdade ela nunca lhes fez falta, utilizaram-se de outros atributos e recursos.  Inclusive tem uns que melhoram na medida em que envelhecem.  Para que se preocupar com as rugas, você demorou tanto para tê-las!  Suas memórias estão salvas nelas.  Não seja obcecado pelas aparências, livre-se das coisas superficiais.  O negócio é zombar
do corpo disforme e dos membros enfraquecidos.

Essa resistência em aceitar as leis da natureza acaba espalhando sofrimento por todos os cantos.  Advêm consequências desastrosas quando se busca a mocidade eterna, as infinitas paixões, os prazeres sutis e secretos, as loucas alegrias e os desenfreados prazeres. Isso se transforma numa dor que você não tem como aliviar e condena a ruína sua própria alma.  Discreto, sem barulho ou alarde, aceite as imposições da natureza e viva a sua fase.  Sofrer é tentar resgatar algo que deveria ter vivido e não viveu.  Se não viveu na fase devida o melhor a fazer é esquecer.

A causa do sofrimento está no apego, está em querer que dure o que não foi feito para durar.  É viver uma fase que não é mais sua.  Tente controlar essas emoções destrutivas e os impulsos mais sombrios.  Isso pode sufocar a vida e esvaziá-la de sentido.  Não dê ouvidos a isso, temos a tentação de enfrentar crises sem o menor fundamento.  Sua mente estará sempre em conflito se ela se sentir insegura.  A vida é o que importa.  Concentre-se nisso.  A sabedoria consiste em aceitar nossos limites.

Você não tem de experimentar todas as coisas, passar por todas as estradas e conhecer todas as cidades.  Isso é loucura, é exagero.  Faça o que pode ser feito com o que está disponível.  Quer um conselho?  Esqueça.  Para o seu bem, esqueça o que passou.  Têm tantas coisas interessantes para se viver na fase em que está.  Coisas do passado não te pertencem mais.  Se você tem esposa e filhos experimente vivenciar algo que ainda não viveram juntos, faça a festa, celebre a vida, agora você tem mais tempo, aproveite essa disponibilidade e desfrute.  Aceitando ou não o processo vai continuar.  Assuma viver com dignidade e nobreza a partir de agora.  Nada nos pertence.

Tive um aluno com 60 anos de idade que nunca havia saído de Belo Horizonte.  Não posso dizer que pelo fato de conhecer grande parte do Brasil sou mais feliz que ele.  Muito pelo contrário, parecia exatamente o oposto.  O que importa é o que está dentro de nós, a velha máxima continua atual como nunca: “quem tem muito dentro precisa ter pouco fora”. 

 Esse é o segredo de uma boa vida.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

SIMPATIAS DE SANTO ANTONIO



SIMPATIAS DE SANTO ANTONIO PARA ARRANJAR NAMORADO

Comprar uma pequena imagem de Santo António. Virar o Santo Antônio de cabeça para baixo, dentro de um copo com água, dizendo que o porá de pé quando tiver arranjado namorado.

Pegue na imagem do Santo António, e fale com ele. Diga-lhe que enquanto ele não lhe arranjar um namorado ficará no frigorifico, se demorar que irá para o congelador. Retire-o de lá quando o seu amor lhe bater á porta.

Logo na manhã do dia 12 de Junho, véspera de Santo Antonio, compre um metro de fita azul, de qualquer largura, e escreva nela o nome completo da pessoa amada. Guarde a fita junto ao seu coração. À noite, conte 7 estrelas no céu, e enquanto conta faça um pedido ao santo, para que ele ajude você a conquistar o coração dessa pessoa. No dia seguinte, amarre a fita nos pés da imagem de Santo Antonio e deixe lá, até conseguir namorar com ele ou com outro de seu agrado.

Abra a porta da frente da casa para que Santo Antônio permita a entrada de alguém especial na sua vida, dizendo: "Santo Antônio, protetor dos namorados, faça chegar até a mim aquele que anda sozinho e que em minha companhia será feliz."Você pode ainda acender uma vela rosa de qualquer tamanho em um pires com mel e pedir a Arcanjo Haniel a verdadeira realização afetiva.

Precisará de: 3 três penas de qualquer passarinho, 3 pétalas de rosas, de qualquer cor, 1 medalha de Santo Antonio
No dia de Santo Antonio: embrulhe tudo num paninho branco e leve o consigo no bolso. Ao trocar de roupa, também troque o embrulhinho de bolso. Faça isso por 10 dias e depois jogue num gramado as penas e as pétalas, mas conserve o a medalha em algum lugar entre suas coisas. 

Pegue em 7 rosas e coloque-as num vaso bonito. Enquanto faz isso reze para Santo Antônio. Depois que elas secarem, leve as pétalas até uma igreja onde aconteçam muitos casamentos.

Colocar um quartzo rosa dentro de um copo transparente, com água filtrada, e deixar no relento, na véspera do dia de Santo Antonio, peça tudo o que deseja a nível de realização afetiva tipo (felicidade, harmonia, romantismo, companheirismo, cumplicidade, afeto, dedicação, carinho, amor, compreensão, etc...)
No dia seguinte, passar a água: nos pulsos, para se articular sempre com equilíbrio; nos joelhos, para ter flexibilidade e respeitar o outro; no coração, para amar com sinceridade, e que o amor seja pleno e digno.

No dia de Santo Antônio, olhe para o céu e escolha uma estrela . Fixe nela seu olhar e faça seu desejo com fervor. Abra os braços e agradeça ao Universo a chegada do amor.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Quando enfrento as tempestades

Tem dias que me sinto caminhando contra um forte vento. Como se todas as minhas desilusões, tristezas, desenganos me pesassem na alma, dificultando os movimentos.
E a dor moral é tamanha, que faz desmoronar meu refúgio. Como se nenhum lugar fosse abrigo para minhas dores, como se meu coração não pudesse descansar em lugar algum.
E a incompreensão é como surra nos meus sentimentos. Como se não houvesse ninguém no mundo capaz de me ouvir sem me julgar, sem me dizer que…

Eu tenho que ser inabalável.

São nesses dias que perguntas e mais perguntas povoam a minha mente, que as promessas de um futuro bom parecem não ter sentindo ou que todos os meus desejos são inalcançáveis.

Dias assim desafiam a minha existência, minha força, minha vontade de viver e vencer. Desafiam minha estrutura emocional, colocam à prova tudo que julgo ter aprendido, todos os conselhos que dou, tudo que me construiu até aqui.

Não vejo nada de encantador quando caminho sob forte tempestade. Não sinto nenhum alivio ou transformação quando estou sob impacto de granizos arrasadores, quando a enxurrada me arrasta e me provoca…

Tantas dores.

Mas se consigo perseverar, se apesar de todos os obstáculos, de todas as imposições da subida eu não me abandono, se consigo buscar em mim uma conexão, mínima que seja com o bem, eu me aproximo Daquelas forças superiores e invisíveis, eu me aproximo da fé que me sustenta e canto.

Cantar é o meu jeito de prece
mais bonito.

É o jeito de me ninar, de me encorajar, de me elevar, de me abençoar e dizer a Deus que estou doendo tanto que parece que não haverá fim, de pedir ajuda para que nenhuma dor me afaste de mim, Dele, da minha vontade de vencer e vencer no bem.
E quando consigo fazer esta conexão, entendo e aceito todas as supostas conspirações contra mim como um meio de me fazer crescer, como um jeito difícil mas necessário de me fortalecer e por a prova o que suponho ser e quem quero me tornar.
E não há sensação mais gratificante do que a de chegar lá em cima e ver que nenhum esforço foi em vão.

Renata D´Carpe

terça-feira, 28 de maio de 2013

Hemorróida (para rir)


Ptolomeu em 150 d.C. falava que a terra era o centro do universo e que tudo girava em torno dela, foram precisos cerca de 1400 anos para esta teoria ser rebatida por Nicolau Copérnico provando para a humanidade que o Sol sim era o centro.

Eu, simplesmente eu, descobri em apenas três dias, após 56 anos, que ambos estavam redondamente enganados: o centro do universo é o
fiofó. Isso mesmo, o fiofó!

Operei das hemorróidas em caráter de urgência algumas semanas atrás. No domingo à noitinha, o que achava que seria um singelo peidinho, quase me virou do avesso.

É difícil, mas vamos ver se reverte, falou meu médico. Reverteu merda nenhuma, era mais fácil o Lula aceitar que sabia do mensalão do que aquela lazarenta bolinha (?) dar o toque de recolher.

Foram quase 2 horas de cirurgia e confesso não senti nadica de nada, nem se me
comeram durante minha letargia!

Dois dias de hospital, passei bem embora tenham tentado me afogar com tanto soro que me aplicaram, foram litros e litros; recebi alta e fui repousar em casa.

Passados os efeitos anestésicos e analgésicos, vem a primeira vez. PUTA QUI PARIU!!! Parece que você ta cagando um croquete de figo da Índia, casca de abacaxi, concha de ostra e arame farpado.
   

É um auto-flagelo.
Parece que você tá cagando uma briga de 5 gatos, sai arranhando tudo.
Caguei de pé, pois sentado achei que o fiofó ia junto...

Por uns três dias dói tanto que você não imagina uma coisinha tão pequena e com um nome tão reduzido possa doer tanto. O tamanho da dor não é proporcional ao tamanho do nome, neste caso,
o fiofó deveria chamar dobrovosky, tegulcigalpa, nabucodonosor.

Passam pela cabeça soluções mágicas:
- Usar um ventilador! Só se for daqueles túneis aerodinâmicos.
- Gelo! Só se eu fosse escorregar pelado por uma encosta do Monte Everest.
- Esguichinho dagua! Tem que ser igual a da Praça da Matriz, névoa seguida de jatos intercalados.

Descobri também que somos descendentes diretos do bugio, porque você fica andando como macaco e com o
fiofó todo vermelho; qualquer tosse, movimento inesperado, virada mais brusca o fiofó dói, e como!

Para melhorar as idas à privada, recomenda-se dieta na base de fibras, foi o que fiz: comi cinco vassouras piaçaba, um tapete de sisal e sete metros de corda. Agora sei o sentido daquela frase: quem tem medo de cagar não come!

Tudo valeu, agora já estou bem, cagando como manda o figurino, não preciso pensar para peidar, o
fiofó
ficou afinado em ré menor, uma beleza!

O foda é que usei Modess por 20 dias após a cirurgia e hoje to sentindo falta dele!


Desconheço o autor

domingo, 26 de maio de 2013

Felicidade, quem é você?

A resposta está no coração de cada um. 

Oi! Muito prazer. Meu nome é felicidade, faço parte da vida daqueles que têm amigos, pois ter amigos é ser feliz. Faço parte da vida daqueles que vivem cercados de pessoas como você, pois viver assim é ser feliz.

Faço parte da vida daqueles que acreditam que ontem é passado, amanhã é futuro e hoje é uma dádiva, por isso é chamado presente. Faço parte da vida daqueles que acreditam na força do amor; que acreditam que para uma história bonita não há ponto final.

Sou casada sabiam? Sou casada com o tempo. Ah! O meu marido é lindo, ele é responsável pela solução de todos os problemas, constrói corações, cura machucados, vence a tristeza... Juntos, eu e o tempo, tivemos três filhos a amizade, a sabedoria e o amor.

A amizade é a filha mais velha, uma menina linda, sincera e alegre. A amizade brilha como o sol; A amizade une pessoas, pretende nunca ferir, sempre consolar.

A do meio, é a sabedoria. Culta, integra, sempre foi a mais apegada ao pai. O tempo.

A sabedoria e o tempo andam sempre juntos. O caçula é o Amor, ah! Como esse me dá trabalho. É teimoso. As vezes só quer morar em um lugar. Eu vivo dizendo: Amor. você foi feito pra morar em dois corações, não em um apenas

terça-feira, 21 de maio de 2013

Amizade

As pessoas mudam ao longo do tempo. Isso é um processo natural da vida. Algumas circunstâncias e o próprio passar dos anos faz com que não sejamos os mesmos. 

Mas, algumas percepções doem. Algumas pessoas que, no passado, eram tão próximas, tinham tanto em comum, hoje são quase que desconhecidas.

É natural amigos irem e amigos virem. Mas, alguns amigos não podiam ir nunca! E ir dessa maneira, porque simplesmente não se parecem mais conosco… e isso é muito triste.

Os anos vão passando, as amizades vão se mantendo concretas porque nos identificamos com a pessoa, acreditamos em coisas parecidas, compartilhamos alegrias e dores e todos os outros motivos que envolvem a amizade.

Mas, às vezes percebo que pessoas que faziam tanto sentido na minha vida, hoje não se encaixam mais. E, não acredito que devemos ter o mesmo estilo para compartilhar a amizade.

Tenho amigos que optaram por caminhos completamente diferentes dos meus e ainda os considero. Enfim, não precisam estar no meu ritmo de vida para serem meus amigos. Mas precisam, sim, se alegrarem e compartilharem do que é importante para mim.

A amizade é também doação. É sair do egoísmo do nosso gosto, para compartilhar do que o outro gosta. E respeitando as diferenças.

Agora, realmente, quando o estilo de vida que o outro escolhe ou o rumo que está dando para a sua caminhada for diferente demais daquilo que eu acredito, de meus princípios… aí realmente essa amizade pode não fazer mais o menor sentido.

É triste, mas é assim que a banda toca!


Marcelo Rangel

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vampiros

"Eu não acredito em gnomos ou duendes, mas vampiros existem. Fique ligado, eles podem estar numa sala de bate-papo virtual, no balcão de um bar, no estacionamento de um shopping. Vampiros e vampiras aproximam-se com uma conversa fiada, pedem seu telefone, ligam no outro dia, convidam para um cinema. Quando você menos espera, está entregando a eles seu rico pescocinho e mais. Este "mais" você vai acabar descobrindo o que é com o tempo.

Vampiros tratam você muito bem, têm muita cultura, presença de espírito e conhecimento da vida. Você fica certo que conheceu uma pessoa especial. Custa a se dar conta de que eles são vampiros, parecem gente. Até que começam a sugar você. Sugam todinho o seu amor, sugam sua confiança, sugam sua tolerância, sugam sua fé, sugam seu tempo, sugam suas ilusões. Vampiros deixam você murchinha, chupam até a última gota. Um belo dia você descobre que nunca recebeu nada em troca, que amou pelos dois, que foi sempre um ombro amigo, que sempre esteve à disposição, e sofreu tão solitariamente que hoje se encontra aí, mais carniça do que carne.

Esta é uma historinha de terror que se repete ano após ano, por séculos. Relações vampirescas: o morcegão surge com uma carinha de fome e cansaço, como se não tivesse dormido a noite toda, e você se oferece para uma conversa, um abraço, uma força. Aí ele se revitaliza e bate as asinhas. Acontece em São Paulo, Manaus, Recife, Florianópolis, em todo lugar, não só na Transilvânia. E ocorre também entre amigos, entre colegas de trabalho, entre familiares, não só nas relações de amor.

Doe sangue para hospitais. Dê seu sangue por um projeto de vida, por um sonho. Mas não doe para aqueles que sempre, sempre, sempre vão lhe pedir mais e lhe retribuir jamais."

MARTHA MEDEIROS

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Você tem podado suas plantas?


Quando eu era criança, encontrei, um dia, um jardineiro, com uma tesoura enorme. 
Fiquei revoltado quando vi que começou a cortar os galhos mais tenros de todas as plantas. 
Reclamei, agarrei o jardineiro pelo braço... Fiz um escarcel... 
Ele sorriu e pediu que tivesse paciência e voltasse em 30 dias para ver o resultado... 
Um mês depois todas as plantas estavam ainda mais belas e cheias de vida... 
Foi assim que aprendi o segredo das podas... 
Elas devem ser feitas nos galhos que dão frutos... 
Parece um sofrimento cortar justamente esses galhos... 
E isso faz pensar na maneira como reagimos aos sofrimentos que nos chegam... 
Em vez de achar que são "castigos", por que não encarar os sofrimentos como o agricultor que poda suas árvores, para que dêem mais fruto ainda? 
De vez em quando, não vemos nada, não entendemos nada. ficamos como árvores, carregadas de folhagem e que, depois da poda, se reduzem a galhos secos, que lembram braços esqueléticos. 
Pois, quem estiver se sentindo assim por causa de uma perda, um abandono, uma doença, um cansaço, um desânimo, uma ingratidão, uma injustiça. 
O melhor, muitas vezes, é nem se meter em dar explicações que não explicam, não convencem e deixam a criatura que está sofrendo mais esmagada ainda... 
Em horas assim, nada como o exemplo da natureza, que é sábia! 
Tudo sempre volta a florir e frutificar. 
É preciso somente um pouco de paciência e uma difícil atitude... 
Dar tempo ao tempo... ele cura absolutamente tudo!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Stress

Em uma conferência, ao explicar para a platéia a forma de controlar o estresse, o palestrante levantou um copo com água e perguntou:

-"Qual o peso deste copo d'água? "
As respostas variaram de 250g a 700g.
O palestrante, então, disse:
- "O peso real não importa. Isso depende de por quanto tempo você segurar o copo levantado. Se o copo for mantido levantado durante um minuto, isso não é um problema.
Se eu o mantenho levantado por uma hora, vou acabar com dor no braço. Mas se eu ficar segurando um dia inteiro, provavelmente eu vou ter cãibras dolorosas e vocês terão de chamar uma ambulância."
E ele continuou:
- "E isso acontece também com o estresse e a forma como controlamos o estresse. Se você carrega a sua carga por longos períodos, ou o tempo todo, cedo ou tarde a carga vai começar a ficar incrivelmente pesada e, finalmente, você não será mais capaz de carregá-la.
Para que o copo de água não fique pesado, você precisa colocá-lo sobre alguma coisa de vez em quando e descansar antes de pegá-lo novamente. Com nossa carga acontece o mesmo. Quando estamos refrescados e descansados nós podemos novamente transportar nossa carga."
Em seguida, ele distribuiu um folheto contendo algumas formas de administrar as cargas da vida, que eram:
1 – Aceite que há dias em que você é o pombo e outros em que você é a estátua.
2 – Mantenha sempre suas palavras leves e doces pois pode acontecer de você precisar engolir todas elas.
3 – Só leia coisas que faça você se sentir bem e ter a aparência boa de quem está bem.
4 – Dirija com cuidado. Não só os carros apresentam defeitos e têm recall do fabricante.
5 – Se não puder ser gentil, pelo menos tenha a decência de ser vago.
6 – Se você emprestar R$ 300,00 para alguém e nunca mais vir essa pessoa, provavelmente valeu a pena pagar esse preço para se livrar dela.
7 – Pode ser que o único propósito da sua vida seja servir de exemplo para os outros.
8 – Nunca compre um carro que você não possa manter.
9 – Quando você tenta pular obstáculos lembre que está com os dois pés no ar e sem nenhum apoio.
10 – Ninguém se importa se você consegue dançar bem. Para participar e se divertir no baile, levante e dance, pronto.
11 – Uma vez que a minhoca madrugadora é a que é devorada pelo pássaro, durma até mais tarde sempre que puder.
12 – Lembre que é o segundo rato que come o queijo - o primeiro fica preso na ratoeira. Saiba esperar.
13 – Lembre, também, que sempre tem queijo grátis nas ratoeiras.
14 – Quando tudo parece estar vindo na sua direção, provavelmente você está no lado errado da estrada.
15 – Aniversários são bons para você. Quanto mais você tem, mais tempo você viveu...
16 – Alguns erros são divertidos demais para serem cometidos só uma vez.
17 – Podemos aprender muito com uma caixa de lápis de cor. Alguns têm pontas aguçadas, alguns têm formas bonitas e alguns são sem graça. Alguns têm nomes estranhos e todos são de cores diferentes, mas todos são lápis e precisam viver na mesma caixa.
18 – Não perca tempo odiando alguém, remoendo ofensas e pensando em vingança. Enquanto você faz isso a pessoa está vivendo bem feliz e você é quem se sente mal e tem o gosto amargo na boca.
19 – Quanto mais alta é a montanha mais difícil é a escalada. Poucos conseguem chegar ao topo, mas são eles que admiram a paisagem do alto e fazem as fotos que você admira dizendo "queria ter estado lá".
20 – Uma pessoa realmente feliz é aquela que segue devagar pela estrada da vida, desfrutando o cenário, parando nos pontos mais interessantes e descobrindo atalhos para lugares maravilhosos que poucos conhecem.
"Portanto, antes de voltarem para casa, depositem sua carga de trabalho/vida no chão. Não carreguem para casa. Vocês podem voltar a pegá-la amanhã. Com tranquilidade."

terça-feira, 14 de maio de 2013

Goste de quem gosta de você


Goste de quem gosta de você.
Cuide de quem te cuida.
Faça feliz a quem a faz também.
Não guarde mágoas, ressentimentos, saudades, arrependimentos. 
Não guarde nada que pese no seu coração
Respeite quem a respeita, mas também respeite quem não demonstra respeito nenhum.
Uma das maiores qualidades que um ser humano pode ter é a superioridade.
Sorria pra quem sorrir pra você
Ligue pra saber como a pessoa está, se ela chegou bem em casa, pequenas atitudes fazem a diferença.
Conte algumas verdades ,mas nem por isso seja dura com as pessoas ao seu redor.
E se importe com os sentimentos.
Tente se colocar no lugar das pessoas algumas vezes, e entenda que a dor é relativa, que a força de um, não é a mesma que a de outro.
Se dê tempo pra escutar, mas escutar de verdade, as dores dos outros, e também as alegrias, as vitórias, as histórias.
Dê a sua opinião, mostre interesse, mas não aconselhe, porque no fundo todos sabemos o que desejamos. 
Dê o melhor de si pra as pessoas, mas pra aquelas que saberão e irão reconhecer o valor da sua presença.

IMELDA SITOLE

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Faxina

Estava precisando fazer uma faxina em mim...
Jogar fora alguns pensamentos indesejados,
Tirar o pó de uns sonhos,
lavar alguns desejos que estavam enferrujando...
Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.
Joguei fora ilusões, papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei...
Joguei fora a raiva e o rancor nas flores murchas
Guardadas num livro que não li.
Peguei meus sorrisos futuros e alegrias pretendidas e as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas.
Fiquei sem paciência! Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão:
paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de uma amiga sem gratidão, lembranças de um dia triste...
Mas lá havia outras coisas... belas!!!
Uma lua cor de prata... os abraços...
aquela gargalhada no cinema, o primeiro beijo...
o pôr do sol... uma noite de amor .
Encantada e me distraindo, fiquei olhando aquelas lembranças.
Sentei no chão,
Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou.
Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima -
pois quase não as uso - e também joguei fora!
Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que
fazer, se as esqueço ou se vão pro lixo.
Revirei aquela gaveta onde se guarda tudo de importante: amor, alegria, sorrisos, fé…..
Como foi bom!!!
Recolhi com carinho o amor encontrado,
dobrei direitinho os desejos,
perfumei na esperança,
passei um paninho nas minhas metas
e deixei-as à mostra.
Coloquei nas gavetas de baixo lembranças da infância;
em cima, as de minha juventude, e...
pendurado bem à minha frente,
coloquei a minha capacidade de amar... e de recomeçar...

Martha Medeiros 

terça-feira, 7 de maio de 2013

A sensação de solidão diante da contrariedade se baseia na ideia de que, quando há divergências, a unidade própria do elo amoroso se rompe.

Quando surge a diferença de opinião acontece a ruptura dessa "unidade" que se forma pela união de duas "metades": parece que o amor acabou.

Os que conseguem construir sólida individualidade se tornam mais capazes de tolerar diferenças no modo de ser dos outros, inclusive do amado.

É preciso prestar muita atenção às queixas do amado diante de situações que não nos aborreceriam: cada pessoa é única e reage do seu jeito.

Uma relação só é gratificante, estável e duradoura quando ambos estão felizes: convém zelar pelo bem-estar do amado tanto quanto pelo nosso!

Um aspecto muito relevante é o casal ser capaz de conversar sobre temas controversos de uma forma educada, respeitosa, até mesmo carinhosa.

Não basta conversarem de forma civilizada: é essencial que se preste a devida atenção aos argumentos do amado sempre em busca da concórdia.


Flávio Gikovate

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Elegância do Comportamento



Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que talvez por isso, esteja cada vez mais rara:
- a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado, diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha, da primeira hora da manhã, até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la, nas pessoas que não usam um tom superior de voz, ao se dirigir à frentistas, por exemplo.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer... porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens...
Abrir a porta para alguém é muito elegante...

terça-feira, 30 de abril de 2013

Voltar ao passado!

Voltar ao passado... revivê-lo... e lembrar de momentos que passaram e nunca vão voltar é, muitas vezes, melancólico. 
Mas, nem sempre é assim! 
Alguns momentos difíceis que, na hora, pareciam o fim do mundo foram ultrapassados por outros que vieram, alguns até melhores. 
Essa "viagem" - porque é uma viagem - mostra que a vida é mesmo imprevisível e que tudo pode acontecer a qualquer instante, desde que a gente esteja aberto e receptivo. 
A você, que vai fazer seu balanço, eu daria uma sugestão: mesmo que não costume escrever, compre um caderno e toda noite, antes de dormir , faça um pequeno resumo do seu dia. 
Escreva coisas mais banais, conte que tomou ônibus, quanto pagou pela passagem, que comprou um sapato, descreva a cor e o modelo, que pensou em ir ver um determinado filme, que brigou com o namorado; conte seu dia enfim, e faça disso um hábito. 
Todas nós temos curiosidade de saber como foi a vida de nossas avós. Se elas tivessem feito isso, que riqueza seria ler esses pequenos relatos do cotidiano, saber como era a vida quando elas eram jovens, o que queriam, com o que sonhavam. 
Sabemos muito pouco sobre as pessoas mais próximas de nós e, se você seguir essa sugestão, um dia seus netos e bisnetos vão encontrar esses cadernos, que serão para eles um verdadeiro tesouro. 
Como eu gostaria de saber como era a vida de minha avó, isso me ajudaria a compreender melhor por que sou o que sou. 
É sempre hora para começar, e não existe dia melhor para isso do que o 1º de janeiro. 
No fim do ano, você vai ler o que escreveu e ver que se aborreceu com coisas bobas, que teve alegrias das quais tinha esquecido, que amores que pareciam eternos não foram tão eternos assim, que as coisas passam, que é fundamental ter esperança e que a vida vale a pena, sempre! Escreva, sim; será uma conversa sincera com você mesma, e quando, no final de 2007, ler o que escreveu, vai levar alguns sustos, mas faz parte. 
Prepare-se também para se emocionar e saiba: qualquer vida, mesmo aparentemente mais banal, dá um romance.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Que tal você ousar fazer?


O passo a mais que, longe, muito longe, 

  damos a cada caminhada é o que nos coloca
mais próximos de tudo o que ainda podemos ser.
A tentativa além, 
um pouco mais além, 
de todas as que já fizemos 
é a que mais claramente revela do que somos capazes
e até onde poderemos chegar.
Quantos de nós nos entregamos antes mesmo de tentar.
Pela simples dificuldade de perceber
que é possível ultrapassar o limite do círculo que em torno de nós 
e ao longo da vida traçamos.
Quantas vezes estivemos na iminência de girar a maçaneta da porta que nos levaria 
da escuridão à claridade e não o fizemos,
simplesmente por não aceitar o impulso livre,
soberano e intuitivo que conduzia nossas mãos a girar.
Por não crer na liberdade, 
nos impulsos da alma e na própria intuição.
Quantas vezes hoje você ouviu seu coração?

Sem temer, 
sem limitar, 
sem pré-conceber, 
sem pré-julgar, 
sem se prender, 
deixando-se levar pelo prazer de descobrir, 
correr riscos e realizar.
Pobre de quem põe a nuvem do medo diante dos olhos.
Que prefere fugir a se dar o direito de praticar o sonho.
Tem aquele que, sem saber que era impossível, foi lá e fez
Esta é sua vez.
O verdadeiro poder é de quem ousa.

Ouse fazer

domingo, 28 de abril de 2013

Pessoas são Músicas...

Você já percebeu ???
Elas entram na vida da gente e deixam sinais.
Como a sonoridade do vento ao final da tarde.

Como os ataques de guitarras e metais presentes em cada clarão da manhã.
Olhe a pessoa que está ao seu lado e você vai descobrir, olhando fundo, que há uma melodia brilhando no disco do olhar. Procure escutar.
Pessoas foram compostas para serem ouvidas, sentidas, compreendidas, interpretadas.
Para tocarem nossas vidas com a mesma força do instante em que foram criadas, para tocarem suas próprias vidas com toda essa magia de serem músicas.
E de poderem alçar todos os vôos, de poderem vibrar com todas as notas, de poderem cumprir, afinal, todo o sentido que a elas foi dado pelo Compositor.
Pessoas são músicas como você. 
Está ouvindo? Como você. 
Pessoas têm que fazer sucesso. 
Mesmo que não estejam nas paradas. 
Mesmo que não toquem no rádio.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Dicionário de Pernambuquês - revisto e ampliado


Pernambucano não toma água com açúcar, ele toma “garapa”.
Pernambucano não mente, ele “engana”.
Pernambucano não percebe, ele “dá fé”.
Pernambucano não sai apressado, ele sai “desembestado”.
Pernambucano não aperta, ele “arroxa”.
Pernambucano não dá volta, ele “arrudeia”.
Pernambucano não espera um minuto, ele espera um “pedacinho”.
Pernambucano não é distraído, ele é “avoado”.
Pernambucano não é esperto, ele é “desenrolado”.
Pernambucano não é rico, ele é um cabra “estribado”.
Pernambucano não é homem, ele é “macho”.
Pernambucano não dá bronca, dá “carão”.
Pernambucano quando não casa, ele fica “amigado”.
Pernambucano não é corajoso, é “cabra de pêia”.
Pernambucano não fica apaixonado, ele “arrêia os pneus”.
Pernambucano não vai embora, ele “pega o beco, dá o lavra”.
Pernambucano não diz ‘concordo com você’, ele diz: issssso, homi!!!
Pernambucano não conserta, ele “imenda”.
Pernambucano não bate, ele ‘senta-le’ a mão.
Pernambucano não corre, ele “dá uma carreira”.
Pernambucano não malha os outros, ele “manga”.
Pernambucano não conversa, ele “resenha”.
Pernambucano não fica solteiro, ele fica “solto na bagaceira”.
Pernambucano não bebe um drink, ele “toma uma”. (Não só toma uma, como toma todas)
Pernambucano não fica com vergonha, ele fica encabulado, todo errado.
Pernambucano não passa a roupa, ele “engoma”.
Pernambucano não acompanha casal de namorados, ele “segura vela”.
Pernambucano não rega as plantas, ele ‘agôa’.
Pernambucano não quebra algo, ele “tora”.
Pernambucano não joga fora, ele “avoa no mato”.
Pernambucano não vigia as coisas, ele “fica tucaiando”.
Pernambucano não se dá mal, “se lasca todinho”.
Pernambucano quando se espanta não diz: – Xiiii! Ele diz: Viiixi Maria! Aff Maria!
Pernambucano não vê coisas do outro mundo, ele vê “malassombros”.
Pernambucano não é chato, é “cabuloso”.
Pernambucano não pula, “dá pinote”.
Pernambucano não briga, “arenga”.
Pernambucano não xinga ”filho da mãe”, ele xinga “fí duma égua”.
Pernambucano não se aproveita dos outros, ele “arrega dos outros”
Pernambucano não senti medo, ele “tora um aço”.
 Pernambucano não é bom em algo, ele é “tampa”.
Pernambucano não fica preocupado, fica “aperreado”.
Pernambucano não vai à força, ele vai “a pulso”.
Pernambucano não acha maravilhoso, ele acha “arretado”.
Pernambucano não fica apressado, fica “avexado”.
Pernambucano não fica triste, “fica borocochô”.
Pernambucano não mexe em algo, ele “boli”.
Pernambucano não é o melhor, o bom, é “o cão chupando manga”.
Pernambucano não precisa de algo, ele “carece de algo”.
Pernambucana não usa tiara, usa “diadema”.
Pernambucano não faz compras, ele “faz feira”.
Pernambucano não é medroso, é “frouxo”.
Pernambucano não faz fofoca, faz “fuxico”.
Pernambucano não toma refrigerante, toma “guaraná”.
Pernambucano não falta aula ou trabalho, ele “gazea”.
Pernambucano quando se empolga, fica com a “mulesta dos cachorro”.
Pernambucano não fica irritado, ele “pega ar, arretado, invocado, com o d’abo no couro, virado num mói de cuento, com a mulesta dos cachorro, com a gota serena”.
Pernambucano não diz “puta que pariu”, diz “deu a bobônica, deu a bixiga, deu a bixiga lixa, deu a miséria, deu a bixiga lixa misinguenta, deu a preula”
Pernambucano não leva pancada, ele leva uma “chapoletada, lapada”
Pernambucano não fica machucado, fica “estrupiado”.
Pernambucano não é bobo, é “abestalhado”, “bocoió, abilolado, atabacado, tabacudo, tabareu”
Pernambucana não usa grampo para cabelo, usa “biliro”
Pernambucano não é pão duro, é “pirangueiro”
Pernambucano não acha legal, bom, acha “massa”
Pernambucano não dá dica, dá “bizu”.
Pernambucano não usa bloco de rascunho, usa “borrão”.
Pernambucano não é dedo-duro, delator, é “cabueta”.
Pernambucano não usa uniforme, usa “farda”.
Pernambucano não fica sem dinheiro, fica “liso, no rato”.
Pernambucano não mata pernilongo, mata “muriçoca”
Pernambucano não cola na prova, ele “fila”
Pernambucano não usa roupa com zíper, usa com “fecheclér”.
Pernambucano não bota chifre, bota “gaia”.
Pernambucano não completa, ele “intera”.
Pernambucano não fica em situação difícil, sem dinheiro, fica na “pindaíba”
Pernambucano não tem amigo, camarada, tem “pareia”
Pernambucano não é baixinho, é “tamburete de zona”
Pernambucano não usa colar, cordão, usa “trancilim”
Pernambucano não é caloteiro, mau pagador, é “xexero”
Pernambucano não tem pernas tortas, é “zambeta”
Pernambucano não é vesgo, ele é “zarolho”
Pernambucano não tem dinheiro alto, não trocado, tem “dinheiro pegado”
Pernambucano não fica entusiasmado, com disposição, fica com “gosto de gás”
Pernambucano não chama paralelepípedo, chama “meio-fio”
Pernambucano não faz barulho, faz “zuada”
Pernambucano não usa estilingue, usa “badoque”
Pernambucano não fica inquieto, ele fica “Aguniado”
Pernambucano não é alto, ele é “Galalau”
Pernambucano não é ruim, safado, ele é “Cabra safado, alma sebosa”
Pernambucano não conversa coisas sem importância ou fala coisas sem nexo, ele conversa “miolo de pote, tá falando água, lezera/lezerice”
Pernambucano não dá gargalhada, ele dá uma “gaitada

quinta-feira, 21 de março de 2013

Muitas pessoas gostam de criar, experimentar, viajar, aprender, crescer, ter realizações na vida. E existem as pessoas que simplesmente vivem uma vida que não é a que desejariam ter. Essa, muitas vezes, é a profunda razão pela qual produzem pouco,
não tem vontade de chegar no horário para trabalhar, não sentem entusiasmo pelo que fazem, entre outras consequências. 

Amigos, tudo o que temos é nada mais nada menos fruto de nossas escolhas. O que muitas vezes nos tira a condição de mudança é algo chamado auto-sabotagem.

A auto-sabotagem é a capacidade que nós temos de criar padrões de pensamento e comportamento que se repetem ao longo de nossas vidas e nos traz, dor, insatisfação e tristeza em relação a nós mesmos.

Para sair desta, é necessário você entender a diferença entre conformismo e autonomia. Quando diz para você mesmo: minha vida é assim mesmo, ou: eu mereço, ou, eu sou mesmo assim, simplesmente estamos afirmando que nada temos a fazer.
Assim você cai em um conformismo e isso leva a auto-sabotagem. Mas quando se lembra que você tem toda a autonomia, entende que está no leme e tudo pode mudar desde que decida, você tem a autonomia sobre sua vida. Lembre-se que todo dia é um dia novo para quem sabe viver. Hoje é o primeiro dia de todo o resto de sua vida. Faça valer a pena!

Louis Burlamaqui

quarta-feira, 20 de março de 2013

Sabe o que eu mais queria na vida?


Sabe o que eu mais queria na vida?
Queria, durante uma semana, só ler notícias boas...
Nem precisava que elas fossem tão boas; bastava que não houvesse nenhuma ruim.
As manchetes dos jornais não precisariam falar de coisas muito importantes.
Poderiam contar que neste ano estão crescendo flores, misteriosamente, em todos os canteiros de todos os prédios, e que até as vielas das favelas estão floridas e coloridas.
Além disso, por um capricho da natureza, elas estariam mais cheirosas do que nunca, e que esse fenômeno está fazendo com que as pessoas estejam mais gentis, mais delicadas, mais felizes. E os traficantes, no lugar de traficar, levariam grandes buquês para suas namoradas, que retribuiriam com beijos e palavras amorosas.

Os jornais diriam que nossos deputados e senadores se renderam à beleza que tomou conta do país, e durante esta semana esqueceriam de seus interesses particulares e só votariam projetos a favor do bem-estar geral.
E isso lhes faria tanto bem que eles sairiam do congresso a pé, falando com todas as pessoas com quem cruzassem na rua, sorrindo, simpáticos, como faziam quando estavam em campanha.
Eles também colheriam e levariam flores para suas mulheres, com um carinho que elas já haviam esquecido que existia.

As rádios só tocariam canções de amor, e as televisões mostrariam praias, montanhas, lugares lindos onde se poderia passar uns dias só sendo feliz, mais nada.
Algumas pessoas não seriam citadas no noticiário desta semana, e seria proibido falar de qualquer partido político, já que eles só nos trazem desgosto. Responda rápido: algum deles lhe trouxe alguma alegria nos últimos tempos?

Nessa semana, só uma coisa seria proibida: tirar fotos com o celular.
Para que as pessoas soubessem que os momentos de verdadeira felicidade são guardados dentro do peito, deles não se esquece, e para isso não precisamos de nenhuma maquininha.
Barraquinhas ofereceriam água de coco gelada e pão de queijo fumegando, de graça, como se estivéssemos numa quermesse...

Ninguém teria a menor preocupação com coisa alguma, ninguém falaria de doenças nem de tragédias, até porque ninguém estaria doente e nenhuma tragédia teria acontecido.
Teríamos a ilusão, durante uma semana, de que a vida seria assim, para sempre; e à noite, quando aparecessem os primeiros vaga-lumes, a certeza de que todos nossos sonhos iriam se realizar.
Aliás, uma semana seria demais; bastaria que fosse assim por um dia.

Danuza Leão

sexta-feira, 15 de março de 2013

Vida breve

Essa nossa vida é tão curta...
O tempo em que ficamos neste mundo é tão breve ...

Existem tantas coisas boas, úteis, concretas e que, principalmente, estão ao nosso alcance e as deixamos de lado. Não lhes damos a atenção necessária.

Talvez por não acreditarmos que os momentos e os detalhes são únicos.

Ou talvez por esquecermos que as oportunidades podem ser descartadas, mas dificilmente repetidas.

Vivemos nos queixando pelas grandes obras que não podemos realizar e deixamos de lado aquelas pequenas que nos são possíveis.

Vivemos desejando asas, enquanto nossos pés nos convidam à pisar firmes no chão.

Acreditamos que a nossa felicidade está naquilo que desejamos e deixamos de amar o que possuímos.

Nossa vida é breve e temos muita coisa útil à realizar.

De modo algum justifica-se nossa busca por satisfações efêmeras, enquanto nossa realização está justamente naquilo que já é nosso.

Devemos nos lembrar que passaremos por este caminho, este mundo, uma só vez.
Precisamos, portanto, aproveitar esta oportunidade única, breve...

quinta-feira, 14 de março de 2013

Promete....

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade? 
- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica? 
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar? 
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela? 
- Promete se deixar conhecer? 
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor? 
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda? 
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros? 
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina? 
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja? Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.

quarta-feira, 13 de março de 2013

O Luto de cada um

Não sei se você também, às vezes, percebe isso: de repente, um assunto qualquer, que não costuma ser discutido, invade a mídia, coincidentemente ou não. Pois aconteceu de novo. Na semana passada, li umas três matérias diferentes sobre o tempo que se leva pra "curar" um amor terminado. E em todas elas o diagnóstico era praticamente igual: de três a seis meses é o tempo considerado normal. Se depois de um ano de rompimento o sofrimento persistir, passa a ser patologia.

Se eu entendi bem, passados 180 dias de ausência daquele que a gente ama, o natural é que a gente comece a se interessar por outras pessoas e deixe de sentir dor. Em 180 dias, no máximo, você tem que chorar toda a sua perda, processar todo o seu pesar, racionalizar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Seis meses. É o prazo limite, se você tiver uma cabeça saudável.

Li, compreendi, achei sensato e confortante, mas não serve pra mim. Sou da raça das patológicas.

Nas poucas vezes em que vivi um trauma de amor, eu extrapolei o prazo dado pelas matérias de revista. Nunca me enfurnei em casa, nunca neguei o chamado da vida, fui à luta e segui vivendo, mas a dor era companheira de jornada, eu curtia um luto branco, que não aparecia para os outros, mas era sagrado pra mim e durava o tempo que eu permitia.

Talvez fosse mais honesto dizer que até hoje sofro todas as minhas perdas. Isso parece doença porque a maioria das pessoas acha que sofrer significa encharcar travesseiros e fechar-se pra vida. Sofrer e ser feliz não precisam ser incompatíveis. No meu caso, não é. Sou uma mulher privilegiada, trago as emoções e a cabeça em ordem, mas não esqueço de nada nem de ninguém. Eu me lembro de tudo. Eu valorizo tudo. Eu reverencio todos os meus grandes momentos partilhados. Eu os reconheço como legítimos e insubstituíveis, e os homenageio com minha saudade. E ai de quem me disser que isso tem data pra acabar.


Martha Medeiros