terça-feira, 30 de abril de 2013

Voltar ao passado!

Voltar ao passado... revivê-lo... e lembrar de momentos que passaram e nunca vão voltar é, muitas vezes, melancólico. 
Mas, nem sempre é assim! 
Alguns momentos difíceis que, na hora, pareciam o fim do mundo foram ultrapassados por outros que vieram, alguns até melhores. 
Essa "viagem" - porque é uma viagem - mostra que a vida é mesmo imprevisível e que tudo pode acontecer a qualquer instante, desde que a gente esteja aberto e receptivo. 
A você, que vai fazer seu balanço, eu daria uma sugestão: mesmo que não costume escrever, compre um caderno e toda noite, antes de dormir , faça um pequeno resumo do seu dia. 
Escreva coisas mais banais, conte que tomou ônibus, quanto pagou pela passagem, que comprou um sapato, descreva a cor e o modelo, que pensou em ir ver um determinado filme, que brigou com o namorado; conte seu dia enfim, e faça disso um hábito. 
Todas nós temos curiosidade de saber como foi a vida de nossas avós. Se elas tivessem feito isso, que riqueza seria ler esses pequenos relatos do cotidiano, saber como era a vida quando elas eram jovens, o que queriam, com o que sonhavam. 
Sabemos muito pouco sobre as pessoas mais próximas de nós e, se você seguir essa sugestão, um dia seus netos e bisnetos vão encontrar esses cadernos, que serão para eles um verdadeiro tesouro. 
Como eu gostaria de saber como era a vida de minha avó, isso me ajudaria a compreender melhor por que sou o que sou. 
É sempre hora para começar, e não existe dia melhor para isso do que o 1º de janeiro. 
No fim do ano, você vai ler o que escreveu e ver que se aborreceu com coisas bobas, que teve alegrias das quais tinha esquecido, que amores que pareciam eternos não foram tão eternos assim, que as coisas passam, que é fundamental ter esperança e que a vida vale a pena, sempre! Escreva, sim; será uma conversa sincera com você mesma, e quando, no final de 2007, ler o que escreveu, vai levar alguns sustos, mas faz parte. 
Prepare-se também para se emocionar e saiba: qualquer vida, mesmo aparentemente mais banal, dá um romance.

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