O sofrimento de amor nada mais é que orgulho ferido, conclui o ressentido que viu-se de repente sozinho numa noite em que deveria passar acordado - amando - e não passar acordado refletindo.
O ressentido mistura ódio, raiva e ciúme até formar uma só massa, por cima dela joga açúcar e leva ao forno, toda dor tem sua doçura. De repente numa noite em que deveria passá-la...
acordado - amando - ele passa criando receitas de como transformar tanto sentimento azedo em algo que alimente.
E ter o amor negado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
O ressentimento advém de um amor que não foi correspondido, ele que tinha tanta certeza da virtude do que sentia, ele que havia dedicado milhares de suas horas vividas a um desejo de aperfeiçoar o que já lhe parecia perfeito, ele que não teve oportunidade de colocar açúcar no que não lhe foi oferecido, coloca agora, porque mesmo contrafeito ainda acredita que há algo que se possa fazer para adoçar uma fantasia que não foi concluída
Nada mais que orgulho ferido - ou não será nada disso? Havia o plano de passar a noite juntos, acordados e se amando, tudo foi cronometrado, a hora da chegada, nenhum momento de partida, cada segundo dedicado a transformar idealismo em algo mais palpável, e de uma hora para outra vê-se o ressentido passando a noite acordado refletindo, pois ela mudou de idéia e amargou-lhe um não, ela não virá, nem hoje nem nunca.
Ele joga açúcar em tudo o que sente e vem sentindo, foram anos de preparação para este encontro até então indubitável, ela existia, ele a desejava e passariam a noite acordados e amando-se, mas ele restou ressentido com um não que veio injustificado e assim ele passa a noite refletindo e o dia que virá o encontrará finalmente acordado.
E ter o amor negado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
O ressentimento advém de um amor que não foi correspondido, ele que tinha tanta certeza da virtude do que sentia, ele que havia dedicado milhares de suas horas vividas a um desejo de aperfeiçoar o que já lhe parecia perfeito, ele que não teve oportunidade de colocar açúcar no que não lhe foi oferecido, coloca agora, porque mesmo contrafeito ainda acredita que há algo que se possa fazer para adoçar uma fantasia que não foi concluída
Nada mais que orgulho ferido - ou não será nada disso? Havia o plano de passar a noite juntos, acordados e se amando, tudo foi cronometrado, a hora da chegada, nenhum momento de partida, cada segundo dedicado a transformar idealismo em algo mais palpável, e de uma hora para outra vê-se o ressentido passando a noite acordado refletindo, pois ela mudou de idéia e amargou-lhe um não, ela não virá, nem hoje nem nunca.
Ele joga açúcar em tudo o que sente e vem sentindo, foram anos de preparação para este encontro até então indubitável, ela existia, ele a desejava e passariam a noite acordados e amando-se, mas ele restou ressentido com um não que veio injustificado e assim ele passa a noite refletindo e o dia que virá o encontrará finalmente acordado.
Martha Medeiros
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