quinta-feira, 31 de maio de 2012

Tenhamos paciência....

Tenhamos paciência para as dificuldades.
Tolerância para as diferenças.
Benevolência para os equívocos.
Misericórdias para os erros.
Perdão para as ofensas.
Equilíbrios para os desejos.
Sensatez para as escolhas.
Delicadezas para as palavras.
Coragem para as provas.
Fé para as conquistas e amor para todas as ocasiões...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A MULHER E O BANHEIRO!!!


O grande segredo de todas as mulheres com relação aos banheiros é que quando pequenas, quem as levava ao banheiro era sua mãe. Ela ensinava a limpar o assento com papel higiênico e cuidadosamente colocava tiras de papel no perímetro do vaso e instruía: "Nunca, nunca sente em um banheiro público".
E, em seguida, mostrava "a posição", que consiste em se equilibrar sobre o... vaso numa posição de sentar sem que, no entanto, o corpo não entre em contato com o vaso.
"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, super importante e necessária, e irá nos acompanhar por toda a vida. No entanto, ainda hoje, em nossa vida adulta, "a posição" é dolorosamente difícil de manter quando a bexiga está estourando.
Quando você TEM que ir ao banheiro público, você encontra uma fila de mulheres, que faz você pensar que o Brad Pitt deve estar lá dentro. Você se resigna e espera, sorrindo para as outras mulheres que também estão com braços e pernas cruzados na posição oficial de "estou me mijando".
Finalmente chega a sua vez, isso, se não entrar a típica mamãe com a menina que não pode mais se segurar. Você, então verifica cada cubículo por baixo da porta para ver se há pernas. Todos estão ocupados. É sempre assim.
Finalmente, um se abre e você se lança em sua direção quase puxando a pessoa que está saindo. Você entra e percebe que o trinco não funciona. Ele nunca funciona. Você então pendura a bolsa no gancho que há na porta e se não há gancho (quase nunca há gancho), você inspeciona a área.
O chão está cheio de líquidos não identificados e você não se atreve a deixar a bolsa ali, então a pendura
no pescoço enquanto observa como ela balança sob o teu corpo, sem contar que é quase decapitada pela alça porque a bolsa está cheia de bugigangas que você foi enfiando lá dentro, a maioria das quais não usa, mas que guarda porque nunca se sabe.
Mas, voltando à porta... Como não tinha trinco, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto, com a outra, abaixa a calcinha com um puxão e se coloca "na posição".
* Alívio... AAhhhhhh... Finalmente! *
Nessa hora os músculos começam a tremer. Você está suspensa no ar, com as pernas flexionadas e a calcinha cortando a circulação das pernas, o braço fazendo força contra a porta e uma bolsa de 5 kg pendurada no pescoço.
Você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o assento nem de cobrir o vaso com papel higiênico. No fundo, você acredita que nada vai acontecer, mas a voz de tua mãe ecoa na tua cabeça "jamais sente em um banheiro público!" e, assim, você mantém "a posição" com o tremor nas pernas.
E, por um erro de cálculo na distância, um jato finíssimo salpica na tua própria bunda e molha até tuas meias! Por sorte, não molha os sapatos. Adotar "a posição" requer grande concentração. Para tirar essa desgraça da cabeça, você procura o rolo de papel higiênico, maaassss, puuuuta que o pariuuuu! O rolo está vazio. Isso sempre acontece.
Então você pede aos céus para que, nos 5kg de bugigangas que você carrega na bolsa, haja pelo menos um miserável lenço de papel. Mas, para procurar na bolsa, você tem que soltar a porta. Você pensa por um momento, mas não há opção.
E, assim que você solta a porta, alguém a empurra e você tem que freiá-la com um movimento rápido e brusco enquanto grita OCUPAAADOOOO!
Aí, você considera que todas as mulheres esperando lá fora ouviram o recado e você pode soltar a porta sem medo, pois ninguém tentará abri-la novamente (nisso, nós mulheres nos respeitamos muito) e você pode procurar teu lenço sem angústia.
Você gostaria de usar todos, mas quão valiosos são em casos similares e você guarda um, por via das dúvidas. Você então começa a contar os segundos que faltam para você sair dali, suando porque você está vestindo o casaco já que não há gancho na porta ou cabide para pendurá-lo.
É incrível o calor que faz nestes lugares tão pequenos e nessa posição de força que parece que as coxas e panturrilhas vão explodir. Sem falar da porrada que você levou da porta, a dor na nuca pela alça da bolsa, o suor que corre da testa, as pernas salpicadas.
A lembrança de tua mãe, que estaria morrendo de vergonha se te visse assim, porque sua bunda nunca tocou o vaso de um banheiro público, porque, francamente, "você não sabe que doenças você pode pegar ali". Nessa hora você está exausta.
Ao ficar de pé você não sente mais as pernas. Você acomoda a roupa rapidíssimo e tira a alça da bolsa por cima da cabeça! Então, vai a pia lavar as mãos. Está tudo cheio de água, então você não pode soltar a bolsa nem por um segundo. Você a pendura em um ombro, e não sabendo como funciona a torneira automática, você a toca até que consegue fazer sair um filete de água fresca e estende a mão em busca de sabão.
Você se lava na posição de corcunda de notre dame para não deixar a bolsa escorregar para baixo do filete de água. O secador? Você nem usa. É um traste inútil, então você seca as mãos na roupa porque nem pensar usar o último lenço de papel que sobrou na bolsa para isso.
Finalmente você sai do inferno. Sorte se um pedaço de papel higiênico não tiver grudado no sapato e você sair arrastando-o, ou pior, a saia levantada, presa na meia-calça, que você teve que levantar à velocidade da luz, e te deixou com a bunda à mostra! Nesse momento, você vê o teu carinha que entrou e saiu do banheiro masculino e ainda teve tempo de sobra para ler um livro enquanto esperava por você.
"Por que você demorou tanto?" — pergunta o idiota.
Você se limita a responder: "A fila estava enorme"
E esta é a razão porque as mulheres vão ao banheiro em grupo. Por solidariedade, já que uma segura a tua bolsa e o casaco, a outra segura a porta e assim fica muito mais simples e rápido já que você só tem que se concentrar em manter "a posição" e a dignidade.

terça-feira, 29 de maio de 2012

"Amor não é aprendido.... O significado do amor reside dentro dele....
E o aprendizado termina quando tivermos reconhecido tudo que ele não é.
Não se pode aprender sobre o amor, pois nunca houve um tempo em que nós não o conhecêssemos."

*A negociação e o diálogo nas relações amorosas: harmonia e equilíbrio na fruição do amor.




 A negociação e o diálogo revelam-se como a base real para a construção de relacionamentos consistentes, densos, únicos e capazes de fazer valer o encontro entre pessoas, não importando qual seja a finalidade específica do relacionamento. Contudo, é no relacionamento romântico que os efeitos da negociação e do diálogo poderão ser melhor usufruídos ou a sua ausência mais profunda e drast...icamente sentida.

Os conflitos num relacionamento amoroso são atribuídos, na sua maioria, ao desconhecimento, muitas vezes somado ao desrespeito das próprias potencialidades e das limitações de cada pessoa na relação. Em tais casos pode-se verificar que se estabelece algo que denominamos de MEDIÇÃO DE FORÇA E DE PODER nas relações de amor. Cada par da relação tenta dominar o outro e impor sua “filosofia de vida”, não deixando ao Outro espaço para sequer pensar em outras possibilidades de se viver a relação com respeito e carinho, abertura e enraizamento. Um tenta, ou ambos tentam, dominar e subjugar o Outro fazendo desaparecer o universo interior e as alteridades da pessoa que diz amar. Cada um tenta impor o seu “ponto-de-vista” ao Outro de forma direta ou muitas vezes sutil. Esta “guerra fratricida” instalada na relação amorosa é o principal instrumento do desencontro psico-afetivo, das brigas, de contendas eternas no seio da relação, de separações e conflitos, sendo também o principal empecilho à negociação e ao diálogo.

O diálogo e a negociação surgem do profundo respeito que cada um tem por si mesmo, aliado a um também profundo e enraizado conhecimento de suas próprias limitações e potencialidades. Quando isso acontece com as pessoas dentro de uma relação amorosa podemos afirmar, com certeza, que qualquer que seja a pauta estabelecida para o diálogo, o resultado será de ganho para ambos. A NEGOCIAÇÃO E O DIÁLOGO SÃO, PORTANTO, INSTRUMENTOS RELACIONAIS CUJA UTILIZAÇÃO ESTABELECE A EQUAÇÃO DE GANHO MÚTUO COMO PRESSUPOSTO INALIENÁVEL. Nesta postura de abertura e diálogo franco e autêntico não há a prevalência de pontos de vista, mas tão somente a partilha e o congraçamento de experiências e de aprendizado, com vista a uma convivência pacífica e harmoniosa, pois ambos já aprenderam que só nesta condição as limitações de cada um estarão sendo respeitadas e as potencialidades poderão fluir de maneira construtiva, libertária, criativa e curativa.

A negociação, por estar afeta às limitações e potencialidades mútuas, jamais poderá ser determinista ou estanque no tempo. Pelo contrário, ela estará sempre se transformando, pois seu poder não está vinculado a fantasias de onipotência ou de onisciência, mas profundamente arraigado na plasticidade da vida. Assim, qualquer que seja o resultado alcançado num dado momento, o poder do diálogo e da negociação se manifestam permanentemente para a revisão de termos e para o restabelecimento de metas e táticas favoráveis à estratégia da consecução da construção relacional a dois. Aqui, cada parte está muito atenta ao próprio crescimento, do qual não abre mão, e está profundamente sensível ao crescimento da outra parte.

O diálogo constitui, enfim, o cerne da boa convivência e da autêntica relação amorosa. Assim, podemos afirmar que apenas os casais que se encontram no estágio da negociação e do diálogo, não importando se numa nova relação ou no reatamento de uma antiga, estão, se não completamente dentro, a um passo do relacionamento real de amantes sinceros e harmônicos. Lembre-se que o relacionamento de amantes é visto aqui como aquele no qual as partes envolvidas se unem para partilhar completude e inteireza interiores num relacionamento romântico.

Lembre-se que as pessoas que se amam só tomam a decisão de ficar juntas porque estão inteiramente livres para ir ou ficar. Relacionamento que diz ser amoroso em todos os sentidos precisa ser sempre libertário e curativo, precisa trazer as pessoas que nele estão celebração e gratificação. Sempre! Somente quando somos completamente livres e curados dentro de uma relação de amor é que podemos tomar decisões sensatas de ir ou ficar. Livres para ir; real certeza de desejar ficar. Só com tal disposição interior pode se estabelecer uma real parceria a dois. Isso explica porque só os amantes podem verdadeiramente vivenciar uma relação romântica, pois só quem assume a própria liberdade e cura interior sabe o valor que esses estados d’alma têm para o Outro e só quem está na autonomia de si mesma pode ser capaz de decidir ou ficar numa determinada relação.


*Trecho do livro --- com pequenas adaptações de Alexandre Lima --- de autoria de Marcos Alves, RELACIONAMENTO A DUAS: ENCONTROS E DESENCONTROS. Marcos Alves é psicólogo/psicoterapeuta, PhD em Psicologia Transpessoal.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Alegria na Tristeza



O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.
O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.
Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.
Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.
Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.
Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.
Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.

Martha Medeiros

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Orgasmo Feminino



Orgasmo feminino é coisa da qual as mulheres entendem muito pouco e os homens, muito menos.
Pelo fato de ser uma reação endócrina que se dá sem expelir nada, não apresenta nenhuma prova evidente de que aconteceu ou se foi simulado.
Orgasmo masculino não! É aquela coisa que todo mundo vê.
Deixa o maior flagrante por onde passa.
Diante desse mistério, as investigações continuam e muitas pesquisas são feitas e centenas de livros escritos para esclarecer este gostoso e excitante assunto.
Acompanho de perto, aliás, juntinho, este latejante tema.
Vi, outro dia, no programa do Jô Soares, uma sexóloga sergipana dando uma entrevista sobre orgasmo feminino. A mulher, que mais parecia a gerente comercial da Walita, falava do corpo como quem apresenta o desempenho de uma nova cafeteira doméstica.
Apresentou uma pesquisa que foi feita nos Estados Unidos para medir a descarga elétrica emitida pela “Periquita” na hora do orgasmo, e chegou à incrível conclusão de que, na hora “H”, a “perseguida” dispara uma descarga de 250.000 micro volts.
Ou seja, cinco “pererecas” juntas ligadas na hora do “aimeudeus!” seriam suficientes para acender uma lâmpada. Uma dúzia, então, é capaz de dar partida num Fusca com a bateria arriada.
Uma amiga me contou que está treinando para carregar a bateria do telefone celular. Disse que gozou e, tcham, carregou. É preciso ter cuidado porque isso não é mais “xibiu”, é torradeira elétrica!
E se der um curto circuito na hora de “virar o zoinho”, além de vesgo, a gente sai com mal de Parkinson e com a lingüiça torrada.
Pensei: camisinha agora é pouco, tem de mandar encapar na Pirelli ou enrolar com fita isolante. E na hora “H”, não tire o tênis ‘nem pise no chão molhado… Pode ser pior!
É recomendável, meu amigo, na hora que você for molhar o seu biscoito lá na canequinha de sua namorada, perguntar: é 110 ou 220 volts?
Se não, meu xará, depois do que essa moça falou lá no Jô, pode dar ovo frito no café da manhã.
Esse país não melhora por absoluta falta de criatividade…
São as mulheres a solução contra o apagão.
Millôr Fernandes

quarta-feira, 23 de maio de 2012

AMAR, SÓ, NÃO BASTA.

Aos casados, aos que não casaram, aos que vão casar, aos que pensam em se separar...aos que acabaram de se separar, aos que pensam em voltar...
Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga. Tudo o que todos querem é amar.
Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras.
Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata. Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado.
Tem algum médico aí???
Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o que? O amor.
Mas não o amor mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar. O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho.
É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo.
Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta.
Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de
cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável.
O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor. É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor, só, não basta.
Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas.
Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.Tem que saber levar.
Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra.
Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança. Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar, 'solamente', não basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, falta discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.
O amor é grande mas não é dois.
É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

Artur da Távola

terça-feira, 22 de maio de 2012

A MÃE IDEAL


Ah, ser mãe é difícil; não existe filho que não tenha dito um dia - ou pelo
menos pensado - "não agüento minha mãe", e o pior: com toda razão.
Há coisas a ser evitadas para que eles nos odeiem o menos possível.
Toda mãe tem vontade de telefonar para o filho pelo menos duas vezes por dia.
Meu conselho: não telefone. Deixe seu filho em paz, mas esteja sempre à
disposição, a qualquer hora do dia ou da noite, para ouvi-lo reclamar do
trabalho, da mulher, do filho que ele descobriu fumando um cigarro ou
coisas do gênero.

Quando ele disser que vai viajar, não pergunte jamais - jamais - o dia em
que voltará.
Se não resistiu e perguntou, não telefone para ele no dia da chegada, antes de ele ligar,
ou corre o risco de ser vítima de alguma atrocidade, e todas somos; ou não?

A mãe ideal é aquela que não dá palpite sobre nada, a não ser quando
consultada e, mesmo assim, tomando o maior cuidado com o que vai falar.
Se ele se queixar da mulher, não aproveite para dizer tudo que está
atravessado na sua garganta desde o dia em que ele te abandonou por ela.
Ouça tudo, mas fique muda, porque eles vão fazer as pazes e vai sobrar para quem?

Não tente seduzir seu filho com propostas do tipo: "Domingo vou fazer
aquele cozido que você adora, quer vir almoçar?" Se quiser ser mesmo uma
mãe maravilhosa, mande levar na casa dele aquele bolo de laranja feito no
tabuleiro, com cobertura de açúcar e limão, mas não telefone para saber se
ele gostou. Quando ele ligar - se ligar - para dizer que adorou, não peça o
tabuleiro de volta; esse, nunca mais.

Tem hora pra tudo na vida, inclusive - e principalmente - para mãe. Dê um
tempo: ninguém suporta ser tão fundamental à felicidade do outro, como as
mães costumam deixar claro. É verdade, mas nem todas as verdades precisam
ser ditas. Quer saber o que é uma mãe confortável? É aquela que tem vida
própria: ou joga pôquer e ninguém vai tirá-la da rodinha de sábado, ou tem
um namorado que não vai deixar, nem morta, para cuidar dos netos, ou tem um
gato que não pode ficar sozinho. É claro que ele vai reclamar que não conta
com você para nada; vai ser acusada de ser egoísta, mas, se pudesse
escolher entre uma mãe que sufoca e a que vive e deixa viver, sabe qual ia
preferir? Pois é isso mesmo.

Goste dele mais do que tudo neste mundo, mas não diga nada. E não fique
triste ao constatar que ele se importa mais com seus próprios filhos do que
com você: a vida é assim, e o amor de cima para baixo - de mãe para filho -
é muito maior do que aquele de baixo para cima - de filho para mãe. Ele
também vai ficar triste quando perceber um dia, já avô, que seus filhos
gostam muito mais dos seus próprios filhos do que dele, o que é natural.
E isso não é bom nem ruim, nem justo nem injusto: apenas é.

Danuza Leão

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Grande Aventura da Vida


O simples fato de estarmos vivos, já é uma aventura.
Fomos concebidos em uma linda aventura amorosa.
Vivemos nove meses, a ventura e a aventura de estarmos agasalhados dentro do ventre materno,
protegidos de toda a maldade humana... mas nossa mãe não estava. Se algo
acontecesse com ela, aconteceria conosco. Já começava aí nossa grande
aventura.
Desde o nascimento, sempre estivemos enfrentando uma série de problemas
e crises.
Se chegamos até aqui, é porque sempre conseguimos superar a todos.
Bem ou mal, de uma maneira ou outra, fomos ultrapassando barreiras.
Muitas vezes estivemos a ponto de desistir, de mandar tudo para o
espaço... mas uma força interior, sempre nos conseguia impulsionar para
frente, superando tudo aquilo que tentava bloquear nosso caminho.
Meu dileto amigo L’Inconnu, entregou-me um texto lindíssimo, que fala
muito bem disso.
Apreciaria saber o autor desta maravilha:
"Você é uma aventura. Você existe, vive e se move no Infinito. Vastos
recursos de energia, talento e habilidade afluem para sua vida. Você é
um feixe de mistérios. Descobrir e conquistar a si mesmo é um trabalho
para a vida inteira. Existem dentro de você ricos depósitos de minério
esperando que você os explore. Você tem poder, o poder de modificar a si
mesmo e modificar o mundo. O poder de criar planos, projetos,
movimentos pelo bem estar comum. O poder de inspirar e servir. Há coisas
incríveis dentro de você: livros a serem escritos, canções a serem cantadas,
quadros a serem pintados, inventos a serem criados, remédios a serem
descobertos, pontes e catedrais a serem construídas, verdades a serem
reveladas... grandes obras sairão de você. Você é dono de sua própria vida.
Você enfrentará todas as dificuldades com fé e coragem, imaginação e
audácia. Você carrega no inconsciente, milhões de anos de experiência e
sabedoria. Você está no ápice da evolução. Você provará sua
criatividade, buscando coisas que estão além do seu alcance, superando a si mesmo.
Enfrentará os contratempos com ânimo e disposição. Você seguirá em
frente, pois como disse um mestre hindu: "Não há limite para o ser em
desenvolvimento que está firmemente decidido a se expandir." Arrisque-se.
Arrisque tudo que você é e tudo que você pode vir a ser. Amplie-se.
Multiplique as formas pelas quais você pode contribuir para a vida."
Pouco se pode acrescentar a este texto.
Efetivamente depende de nós mesmos estabelecer nossos limites, vendo
até onde poderemos chegar. Na verdade, não existe limite para o
conhecimento humano, salvo aqueles que nós mesmos estipulamos.
Muitas vezes nos falta coragem para tentarmos aquele algo mais que nos
dará condições para atingir determinada meta. Muitas vezes desistimos a
meio de caminho, pois este começa a se tornar muito íngreme. Não nos
faltou capacidade, o que nos faltou foi a força interna que nos
empurrasse até lá. O que nos faltou foi a vontade, a garra, a pertinácia para ir
buscar lá no fundo aquela luz que brilhava, mas não vimos...
Nossa aventura só chega ao fim, quando a vida acaba... até lá... tudo é
possível, desde que consigamos descobrir a capacidade criativa para
superar os obstáculos que nos separam de nossos objetivos.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Você colhe o que planta



Certa manhã, uma mulher bem-vestida parou em frente de um homem sem-teto, que olhou para cima lentamente ... e reparou que a mulher parecia acostumada com as coisas boas da vida. O casaco era novo. Parecia que ela nunca tinha perdido uma refeição em sua vida. Seu primeiro pensamento foi: "Só quer tirar sarro de mim, como tantos outros fizeram ....”
"Por favor, Deixe-me sozinho!”Resmungou o homem... Para sua surpresa, a mulher continuou de pé. Ela estava sorrindo, seus dentes brancos exibidos em linhas deslumbrantes.
"Você está com fome?", perguntou ela. "Não", respondeu sarcasticamente. "Acabei de voltar do jantar com o presidente .... Agora vá embora."
Sorriso da mulher se tornou ainda mais amplo.
De repente, o homem sentiu uma mão suave debaixo do braço. "O que você está fazendo, senhora?" , Perguntou o homem irritado. "Disse para deixar-me sozinho!"
Neste momento um policial chegou. "Existe algum problema, senhora?"Perguntou ele...
"Não tem problema aqui, Policial”, a mulher disse... "Eu só estou tentando ajudá-lo a ficar de pé ...” “Pode me ajudar?”O policial coçou a cabeça."Sim, o velho João é um estorvo por aqui há anos”. “O que você quer com ele?" Perguntou o policial...
"Ve o restaurante ali?", Perguntou ela. "Eu vou dar-lhe algo para comer e tirá-lo do frio por um tempo."
"Você, senhora, está louca?"O homem sem-teto resistiu. "Eu não quero ir para lá!” Então sentiu mãos fortes segurando os braços e levantá-lo."Deixe-me ir, eu não fiz nada oficial ..."
"Não vê, esta é uma boa oportunidade para você", o oficial sussurrou em seu ouvido. Finalmente, e com alguma dificuldade, a mulher e o oficial levam João para o restaurante e o sentam a uma mesa em um canto do refeitório. Era quase quatorze horas, a maioria das pessoas já tinha comido o almoço e para jantar o grupo ainda não tinha chegado ....
O gerente do restaurante veio a eles e perguntou. "O que está acontecendo aqui, oficial? — O que é isso? — E este homem está em apuros?" "Esta senhora trouxe-o aqui para comer alguma coisa", respondeu o oficial.
"Oh! não, não aqui!"o gerente respondeu com raiva. "Ter uma pessoa como essa aqui é ruim para os negócios!”
O velho João sorriu com poucos dentes. "Senhora, eu lhe disse. Agora, você vai me deixar ir?. Eu não queria vir aqui desde o início." A mulher foi até o gerente da lanchonete e sorriu .. "O senhor está familiarizado com Harris & Associates?, empresa que fica a duas ruas daqui?
"Claro que eu sei", respondeu o gerente impaciente. "Eles fazem as suas reuniões semanais aqui e jantam no meu restaurante".
"E você ganha um monte de dinheiro fornecendo alimentos para essas reuniões semanais?" Perguntou a Sra...
"E o que importa para você?” — perguntou o gerente impaciente.
“Eu, senhor, sou Penelope Hernandez, presidente e proprietária da empresa. " — disse ela.
"Oh desculpe!”— disse o gerente...
A mulher sorriu de novo... "Eu pensei que isso poderia fazer a diferença no seu tratamento." Ela disse ao policial, que se esforçou para conter uma risada.
"Gostaria de fazer-nos companhia numa xícara de café ou talvez uma refeição, policial?" "Não, obrigado, senhora", respondeu esse. "Estou de plantão".
"Então, talvez, uma xícara de café para ir?" — disse ela.
"Sim, senhora. Isso seria melhor."— respondeu o policial.
O gerente do restaurante virou nos calcanhares como se recebesse uma ordem.
"Vou trazer o café para o policial imediatamente Senhora"
O policial observou-a de pé. E falou: "Certamente colocou-se no lugar", disse ele.
"Essa não foi minha intenção", disse a Sra. “...Acredite ou não, eu tenho uma boa razão para tudo isso. "
Ela se sentou à mesa em frente ao seu convidado para jantar. Ela olhou para ele ... "João, você se lembra de mim?"
O velho João olhou para seu rosto, no rosto dela, com seus olhos remelentos "Eu acho que sim - quero dizer, acho que é familiar."
"Olha João, talvez eu seja um pouco maior, mas olha-me bem," disse a Sra... "Talvez eu esteja mais gordinha agora ... mas quando trabalhava aqui há muitos anos atrás eu vim aqui uma vez, e por esta mesma porta entrei, morrendo de fome e frio."— Algumas lágrimas caíram por suas bochechas ..
"Senhora?"disse o policial, eu não podia acreditar no que estava presenciando, mesmo pensando como uma mulher como esta poderia ter passado fome.
"Eu tinha acabado de me formar na faculdade em minha cidade natal", disse a mulher. . "e vim para a cidade à procura de um emprego, mas não consegui encontrar nada...”Com a voz quebrantada a mulher continuou:“Quando eu tinha meus últimos centavos e entreguei meu apartamento, andava pelas ruas, sem ter onde morar, e foi em julho, estava frio e, quase morrendo de fome, quando vi este lugar e entrei, pensando numa pequena chance para conseguir algo para comer”. Com lágrimas nos olhos, a mulher continuou falando ...“João me recebeu com um sorriso.
“Agora eu me lembro", disse João. "Eu estava atrás do balcão de serviço. Ela se aproximou e perguntou se poderia trabalhar para comer alguma coisa."
"Você me disse que era contra a política da empresa."A mulher continuou.."Então, você me fez o maior sanduíche de rosbife que já vi ... deu-me uma xícara de café, e fui para um canto para apreciar a minha refeição. Eu estava com medo que você se metesse em encrencas. Então eu olhei e vi você colocar o valor dos alimentos no caixa. Eu sabia que tudo ficaria bem. "
"Então você começou seu próprio negócio?"Disse o velho João.
"Sim encontrei um trabalho naquela mesma tarde. Eu trabalhei muito duro, e eu subi com a ajuda do meu Deus Pai. Tempos depois eu comecei meu próprio negócio, com a ajuda de Deus, ele prosperou .."Ela abriu sua bolsa e tirou um cartão. "Quando terminar aqui, eu quero que você faça uma visita ao Sr. Martinez. Ele é o diretor de pessoal da minha empresa e vai encontrar algo para você fazer nela.”
Ela sorriu. "Eu poderia até adiantar-lhe algo, o suficiente para que você possa comprar algumas roupas e arrumar um lugar para viver até se recuperar. Se você precisar de alguma coisa, minha porta está sempre aberta para você João."
Havia lágrimas nos olhos do idoso. "Como eu posso agradecer-lhe”, ele perguntou. "Não me agradeça"ela respondeu. "Deus da-lhe glória. Ele me trouxe para você."
Fora do restaurante, o policial e a mulher pararam e antes de ir embora ela disse: "Obrigado por toda sua ajuda!”. Em vez disso, o oficial disse:"Obrigado eu, que vi um milagre hoje, algo que eu nunca vou esquecer. E .... E obrigado pelo café. ".....
Que Deus te abençoe sempre e não se esqueça que quando jogamos pão sobre as águas, você nunca sabe quando ele será devolvido para você ... Deus é tão grande que pode cobrir o mundo com amor e tão pequeno para entrar em seu coração.
Quando Deus te leva à beira do precipício, confie nele completamente e deixe-se levar. Apenas uma outra
coisa vai acontecer, ou ele segura quando você cair, ou vai te ensinar a voar!
Quando Deus fecha portas ninguém pode abrir e quando Deus abre portas ninguém pode fechar ..