quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sobre a beleza da naturalidade

Nada mais belo que a beleza natural. Hoje em dia os valores estão invertidos: degradamos a beleza natural (tanto geográfica como corporal, se é que me entendem…) e valorizamos a beleza artificial e plástica.
Antigamente valorizávamos o que era realmente belo e natural. O padrão feminino, embora transformasse com o tempo, sempre foi o natural. Teve época até que as mulheres gordinhas eram muito valorizadas.
Hoje, se falarmos em beleza feminina, podemos notar o contrário. O botox, o silicone e todo o tipo de tratamento artificial está na moda. Acabo achando que a última bela natural é coisa do século passado. Brigitte Bardot (atriz e cantora francesa), talvez, que esteve em Búzios no auge daquele lugar. Sim, Búzios já foi considerado um dos lugares mais belos do mundo. Falo agora da beleza geográfica, coisa que o Brasil tinha de sobra para oferecer (ainda resta um pouco) mas que o turismo desenfreado na busca do ‘dinheiro’ abundante acaba degradando. Não sou contra o turismo.
O setor, aliás, é um grande nicho para o desenvolvimento do país. Mas ele deve ser sustentável. Brigitte visitou Búzios e se apaixonou. Mas, infelizmente, dizem, a paisagem não é mais a mesma. A exploração do turismo local parece degradar a cada dia o ambiente. Navios de turismo lançam suas âncoras a 400 metros da praia e machucam a barreira de corais e a vegetação marinha que é nada menos que o abrigo dos peixes e outros seres marinhos que aos poucos deixam o local.
Qual seria a visão de Brigitte Bardot, defensora militante do meio-ambiente, nos dias de hoje? Esta é a pergunta que fica parada no ar. Devemos refletir antes de jogar lixo na rua ou realizar um turismo por locais antes intocáveis. O turismo de aventura, deve ser antes de mais nada planejado afim de não degradar o meio-ambiente e toda ação do ser humano deve ser planejada para que possamos preservar matas, mares, oceanos, duas de areia, cachoeiras, etc. Assim como o consumo (de água, energia, etc) o turismo, repito, também deve ser sustentável. E para a beleza natural do corpo (tanto masculino ou feminino) podemos apelar mais à hábitos saudáveis de vida, alimentação regrada e exercícios físicos, senão, em um futuro breve, seremos todos homens biônicos e a vida (que é o oposto da artificialidade) não terá mais sentido.

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