Não demora para que as súplicas do garoto se transformem em choramingos, depois em choro, até que finalmente ele explode num berreiro de romper os tímpanos, gritando: "mas eu quero"!
Talvez você não só tenha visto uma cena assim, mas tenha vivido essa realidade.
A revista seleções do mês de outubro de 1999 trouxe uma série de conselhos para pais e mães que andam às voltas com a educação dos filhos. Traz opiniões de psicólogos e psiquiatras a respeito do assunto, que podem servir como orientação aos pais que realmente desejam dar uma boa educação aos filhos. Eles estabelecem sete mandamentos básicos:
1º - sejam pais e não colegas. Os filhos precisam de um líder, não de um companheiro. Ser pai ou mãe significa estabelecer limites e impor regras, o que um companheiro não se sente à vontade para fazer.
2º - discipline desde cedo. Nossa tendência, principalmente quando os filhos são pequenos, é tomar a atitude mais fácil. Em vez de ensinar a criança a fazer a cama, enfrentando a má vontade e o choro, achamos mais fácil arrumar a cama nós mesmos. Muitos deixam para cobrar as pequenas tarefas domésticas quando os filhos estiverem maiores e for mais fácil convencê-los, esquecidos de que, quanto mais se espera, maior será a resistência.
3º - passe mais tempo com os filhos. Os pais podem amar os filhos, mas só isto não basta. Para educar é preciso conhecer, e para conhecer, é preciso conviver.
4º - controle as diversões eletrônicas. alguns pais não se interessam pelas diversões dos filhos e depois se chocam com a linguagem deles, sem se dar conta de que isso é comum nos desenhos que assistem ou nos programas vulgares que a mídia veicula. Há jogos eletrônicos extremamente prejudiciais à formação da criança, como um de corrida de carros, por exemplo, que premia quem consegue atropelar mais pedestres.
5º - saiba o que seu filho anda fazendo. E não basta saber onde ele está, é preciso saber o que está fazendo mesmo. Afinal, ele pode estar fechado na sala de computador às voltas com jogos violentos ou visitando páginas pornográficas na Internet.
6º - não supervalorize a questão da auto-estima. Muitas vezes, na tentativa de elevar a auto-estima do filho os pais elogiam até mesmo os feitos que não são verdadeiros. Se ele é goleiro, por exemplo, e não fez uma só defesa, não se deve diminuí-lo por causa disso, mas também não se deve tratá-lo como um craque. Os estudiosos afirmam que a verdadeira auto-estima vem de vencer desafios. Se você os iludir, dizendo que tudo o que fazem está muito bem feito, eles nunca aprenderão a superar as próprias dificuldades e limitações.
7º - continuem casados. A medida mais importante que os pais podem tomar para ajudar os filhos a crescerem bem ajustados é ficar juntos. Nada se compara a isso, dizem os especialistas.
Diz Sara Mclanahan, professora de sociologia de Princeton, que as crianças que crescem ao lado de apenas um dos pais têm, duas vezes mais chances de abandonar a escola, e as meninas, uma probabilidade duas vezes e meia maior de engravidar na adolescência.
A educação dos filhos é uma arte que merece atenção contínua dos pais. E a esse respeito, nunca houve tanto apoio por parte de profissionais da área como nos dias atuais.
O que nos cabe, portanto, é saber buscar orientações de pesquisadores verdadeiramente sérios e interessados em uma educação efetiva e formadora de homens de bem.
Você sabia que alguns filhos de pais que trabalham fora crescem bem ajustados? É porque pais conscientes proporcionam aos filhos um dia-a-dia bem planejado, mesmo estando longe.
Eles programam atividades para depois da escola e contam com a ajuda da família, de amigos e vizinhos.
Isso quer dizer que, mesmo estando fisicamente longe, estão constantemente ocupados e interessados na vida dos pequenos.
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