Mas é no modo da paixão, quando sabemos canalizá-la que podemos chegar no modo da bondade. Não bondade como caridade, pois caridade é dever de todo ser humano. Mas bondade em seu sentido lato. De bom. E toda pessoa que cultiva a bondade é um grande apaixonado. Apaixonado pelas coisas da vida, pela vida e na vida. Só os apaixonados transformam o mundo. A paixão tem a força motriz da mudança. Pois é sempre tenso o seu modo de existir.
No modo da paixão ficamos uma parte significativa da nossa vida. Mas ela permeia toda ela. Pois até para ficar vivo é preciso uma certa dose de paixão. Mesmo quando essa vida material nem é aquelas coisas todas. Aqui pra gente. Mas esse cotidiano de contas e trabalho termina cansando a gente. E ai a gente fica meio lusco-fusco. E até a paixão fica adormecida. Mas se der uma oportunidade ela se põe a trabalhar. E ai, o coração que tome conta. Pois se deixar por conta dela ela toca fogo no circo.
No modo da paixão fazemos as melhores e piores coisas. O discernimento é sempre um bom conselheiro. A paixão como só tem compromisso com o novo, não tem tempo de olhar pra trás. E segue em frente e muitas vezes tropeça e cai. Mas a paixão é retumbante. Levanta, bate a poeira, passa a mão no cabelo e segue em frente. Ver sempre longe. Os empecilhos são sempre parte da caminhada. Quase nada.
Do modo da paixão, com consciência, precisamos evoluir, mesmo apaixonadamente. A paixão pode ser utilizada, com sua energia e garra - sinergia, para tarefas mais sábias. E o mais moderno do que possa existir hoje, é gerar acesso. Resgatar direitos. Construir a cidadania de todos. Apaixonadamente
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