sexta-feira, 30 de maio de 2014

A Vida e a Viagem de Trem

A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques.

Quando nascemos, entramos nesse magnífico trem e nos deparamos com algumas pessoas, que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco, nossos pais.

Infelizmente isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituível. Isso porém não nos impedirá que durante o percurso, pessoas que se tornarão muito especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos, filhos e amores inesquecíveis!

Muitas pessoas embarcarão nesse trem apenas a passeio, outras encontrarão no seu trajeto somente tristezas e ainda outras circularão por ele prontos a ajudar quem precise.

Vários dos viajantes quando desembarcam deixam saudades eternas, outros tantos quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros que se tornam tão caros para nós, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não nos impede é claro que possamos ir ao seu encontro. No entanto, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já haverá alguém ocupando aquele assento.

Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas, porém, jamais, retornos. Façamos essa viagem então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os outros passageiros, procurando em cada um deles o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento eles poderão fraquejar e precisaremos entender, porque provavelmente também fraquejaremos e com certeza haverá alguém que nos acudirá com seu carinho e sua atenção.

O grande mistério afinal é que nunca saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades. Acredito que sim, me separar de muitas amizades que fiz será no mínimo doloroso, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos será muito triste com certeza... mas me agarro na esperança que em algum momento
estarei na estação principal e com grande emoção os verei chegar. Estarão provavelmente com uma bagagem que não possuíam quando embarcaram e o que me deixará mais feliz será ter a certeza que de alguma forma eu fui uma grande colaboradora para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

Amigos, façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranqüila, que tenha valido a pena e que quando chegar a hora de desembarcarmos o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Deixe a raiva secar

Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Julia sua amiguinha, veio bem cedo convida-la para brincar.

Mariana não podia porque ia sair com sua mãe naquela manha. Julia, então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.

Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme pôr aquele brinquedo tão especial.

Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.

Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: Esta vendo, mamãe, o que a Julia fez comigo?

Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Julia pedir explicações. Mas a mamãe, com muito carinho, ponderou:

- Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa?

Ao chegar a sua casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou.

Você lembra do que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. Pois e, minha filha! Com a raiva e a mesma coisa.

Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo. Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão.

Logo depois alguém tocou a campainha. Era Julia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:

- Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atras da gente?

Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Ai ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.

Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim.

Não foi minha culpa.

Não tem problema, disse Mariana, minha raiva ja secou. E, tomando a sua coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar historia do vestido novo que havia sujado de barro.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A maior dor

Qual é a maior dor?

Você já pensou nisso?

Um jovem deixou um bilhete aos familiares, pouco antes de cometer suicídio, e expressou no papel o que estava sentindo.

Disse ele que a maior dor na vida não é morrer, mas ser ignorado.

É perder alguém que nos amava e que deixou de se importar conosco. É ser deixado de lado por quem tanto nos apoiava e constatar que esse é o resultado da nossa negligência.

A maior dor na vida não é morrer, mas ser esquecido. É ficar sem um cumprimento após uma grande conquista.

É não ter um amigo telefonando só para dizer "olá".

É ver a indiferença num rosto quando abrimos nosso coração.

O que muito dói na vida é ver aqueles que foram nossos amigos, sempre muito ocupados quando precisamos de alguém para nos consolar e nos ajudar a reerguer o nosso ânimo.

É quando parece que nas aflições estamos sozinhos com as nossas tristezas.

Muitas dores nos afetam, mas isso pode parecer mais leve quando alguém nos dá atenção.

É bem possível que esse jovem tenha tido seus motivos para escrever o que escreveu.

Todavia, em nenhum momento deve ter pensado naqueles que o rodeavam.

Se pudesse sentir a dor de um coração de mãe dilacerado ante o corpo sem vida do filho amado...

Se pudesse experimentar o sofrimento de um pai que tenta, em vão, saber do filho morto o que o levou a tamanho desatino...

Se sentisse o desespero de um irmão que busca resposta nos lábios imóveis do ser que lhe compartilhou a infância...

Se pudesse suportar, ainda que por instantes, a dor de um amigo sincero a contemplar seus lábios emudecidos no caixão, certamente mudaria seu conceito sobre a maior dor.

Se você pensa que está passando pela maior dor que alguém pode experimentar, considere o seguinte:

Uma mãe que chora sobre o corpo do filho querido que foi alvo das bombas assassinas, em nome das guerras frias e cruéis.

Uma criança debruçada sobre o corpo inerte da mãe atingida por granadas mortíferas.

Um órfão de guerra que é obrigado a empunhar as mesmas armas que aniquilaram seus pais...

Um pai de família que assiste o assassinato dos seus, de mãos amarradas.

Enfim, pense um pouco nessas outras dores...

Pense um pouco nos tantos corações que sofrem dores mais amargas que as suas.

E se ainda assim você estiver certo de que a sua dor é maior, lembre-se daquela mãe que um dia assistiu a crucificação do filho inocente, sem poder fazer nada.

Lembre-se também daquele que suportou a cruz do martírio mas não perdeu a confiança no pai, que tudo sabe.

E se ainda assim você achar que é o maior dos sofredores, considere que talvez o egoísmo esteja prejudicando a sua visão.

Pense nisso!

Descobrir qual é a maior dor, é muito difícil.

Mas a maior decepção é fácil de deduzir.

É a daqueles que se suicidam pensando que extinguirão a vida e com ela todos os problemas.

Esses saem do corpo, mas, indubitavelmente, não saem da vida e, muito menos, acabam com os problemas.

Portando, por mais difícil que esteja a situação, nunca vale a pena buscar essa porta falsa, chamada suicídio.

É importante lembrar sempre: por mais escura e longa que seja a noite, o sol sempre volta a brilhar.

terça-feira, 20 de maio de 2014

A alma infantil

A alma infantil, nos diz Cecília Meirelles, como aliás, a alma humana, não se revela jamais completa e subitamente, como uma janela que se abre deixando ver todo um cenário.

É necessário ter cuidado para entendê-la, e sensibilidade no coração para admirá-la.

A autora nos narra que, certa vez, ouviu o comentário de uma professora que, admirada, contava sobre alguns presentes recebidos de alunos seus:

Os presentes mais engraçados que eu já recebi de alunos, foram, certa vez, na zona rural:

Um, levou-me uma pena de pavão incompleta: só com aquela parte colorida na ponta. Outro, uma pena de escrever, dourada, novinha. Outro, um pedaço de vidro vermelho...

Cecília afirma que seus olhos se alargaram de curiosidade, esperando a resposta da professora sobre sua compreensão a respeito de cada um dos presentes.

A amiga, então, seguiu dizendo: O caco de vidro foi o que mais me surpreendeu. Não sabia o que fazer com ele. Pus-me a revirá-lo nas mãos, dizendo à criança:

"Mas que bonito, hein? Muito bonitinho, esse vidro..."

E procurava, assim, provar-lhe o agrado que me causava a oferta.

Ela, porém, ficou meio decepcionada, e, por fim, disse: "Mas esse vidro não é para se pegar, Não... Sabe para que é?

Olhe: a senhora põe ele assim, num olho, e fecha o outro, e vai ver só: fica tudo vermelho... Bonito, mesmo!"

A professora finalizou dizendo que esses presentes são, em geral, os mais sinceros. Têm uma significação muito maior que os presentes comprados.

Cecília Meirelles vai além, e busca ainda fazer uma análise de caráter psicológico:

O que me interessou, no caso relatado, foram os indícios da alma infantil que se encontraram nos três presentes. E os três parecem ter trazido a mesma revelação íntima:

Uma pena de pavão incompleta reparem bem -, só com aquele pedacinho "colorido" na ponta, uma pena de escrever "dourada" novinha, e um caco de vidro "vermelho" são, para a criança, três representações de beleza.

Três representações de beleza concentradas no prestígio da cor e desdobradas até o infinito, pelo milagre da sua imaginação.

Essas três ofertas, portanto, da mais humilde aparência (para um adulto desprevenido), não devem ser julgadas como esforço entristecido da criança querendo dar um presente, sem ter recursos para comprar.

A significação de dinheiro, mesmo nas crianças de hoje, ainda é das mais vagas e confusas.

E sua relação de valor para com os objetos que a atraem é quase sempre absolutamente inesperada.

Eu tenho certeza - diz a autora ainda º de que uma criança que dá a alguém uma pena dourada, uma pena de pavão e um caco de vidro vermelho, os dá com certo triunfo.

Dá com certa convicção de que se está despojando de uma riqueza dos seus domínios, de que está sendo voluntariamente grande, poderosa, superior.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Gentilezas diárias

A vida é repleta de pequenas gentilezas, tão sutis quanto marcantes no nosso cotidiano.

O jardim florido oferece um colorido para a paisagem, o sol empresta suas cores para o céu antes de se pôr, a borboleta ensina suavidade e leveza para quem acompanha seu voo.

A gentileza tem essa característica: sutil mas marcante, silenciosa e ao mesmo tempo eloquente, discreta e contundente.

O portador da gentileza o faz pelo prazer de colorir a vida do próximo com suavidade, para perfumar o caminho alheio com brisa suave que refresca a alma.

A gentileza tem o poder de roubar sorrisos, quebrar cenhos carregados ou aliviar o peso de ombros cansados pelas fainas diárias.

E ela se faz silenciosa, algumas vezes tímida, inesperada na maioria das vezes, surpreendendo quem a recebe.

A gentileza não se pede, muito menos se exige... É presente de almas nobres, presenteando outras almas, pelo simples prazer de fazer o dia do outro um pouco mais leve.

Você já experimentou o prazer de ser gentil? Experimente oferecer o seu bom dia a quem encontrar no ponto de ônibus, no elevador ou no caixa do supermercado.

Mas não o faça com as palavras saindo da boca quase que por obrigação. Deseje de sua alma, com olhos iluminados e o sorriso de quem deseja realmente um dia bom, para quem compartilha alguns minutos de sua vida.

A gentileza é capaz de retribuir com nobreza quando alguém fura a fila no supermercado ou no banco, com a sabedoria de que alguns breves minutos não farão diferença na sua vida.

Esquecemos que alguns segundos no trânsito, oferecendo a passagem para outro carro, ou permitindo ao pedestre terminar de atravessar a rua não nos fará diferença, mas facilitará muito a vida do outro.

E algumas vezes, dentro do lar, a convivência nos faz esquecer que ser gentil tempera as relações e adoça o caminhar.

E nada disso somos obrigados a fazer, mas quando fazemos, toda a diferença se faz sentir...

A gentileza se faz presente quando conseguimos esquecer de nós mesmos por um instante para lembrar do próximo. Quando abrimos mão de nós em favor do outro, por um pequeno momento, a gentileza encontra oportunidade de agir.

Ninguém focado em si mesmo, mergulhado no seu egoísmo, encontra oportunidade de ser gentil. Porque, para ser gentil, é fundamental olhar para o próximo, se colocar no lugar do próximo, e se sensibilizar com a possibilidade de amenizar a vida do nosso próximo.

Se não é seu hábito, exercite a capacidade de olhar para o próximo com o olhar da gentileza. Ofereça à vida esses pequenos presentes, espalhando aqui e acolá a suavidade de ser gentil.

E quando você menos esperar, irá descobrir que semear flores ao caminhar, irá fazer você, mais cedo ou mais tarde, caminhar por estradas floridas e perfumadas pela gentileza que a própria vida irá lhe oferecer.

40 Desejos que fariam meu País ter mais Amor


Quando eu encontrar um “Gênio da Lâmpada do Governo” e ele me conceder 40 desejos, eis a lista do que eu quero que seja realizado magicamente:
  1. Quero 0,20 Centavos de volta das passagens (só pra começar)
  2. Quero transporte público que valha o preço antigo da passagem
  3. Quero eliminar a chance da impunidade eterna que a Pec 37 tenta impor na maior cara de pau
  4. Quero Hospitais equipados
  5. Quero Médicos nos hospitais equipados
  6. Quero escolas públicas equipadas
  7. Quero professores com bons salários nas escolas públicas equipadas
  8. Quero professores livres de estresse e depressão nas escolas públicas equipadas
  9. Quero sair sem ter medo de ser assaltado por bandidos
  10. Quero sair sem ter medo de sofrer por assalto e abuso de autoridade dos policiais
  11. Quero poder sair pra me manifestar sem ter medo de levar uma bala de borracha quando eu pedir paz, justiça e cidadania
  12. Quero poder sair pra me manifestar sem ter medo de respirar gás lacrimogênio quando eu pedir paz, justiça e cidadania
  13. Quero poder sair pra me manifestar sem ter medo de levar spray de pimenta nos olhos quando eu pedir paz, justiça e cidadania
  14. Quero poder sair pra me manifestar sem medo de ser preso e sofrer repressão física e coerção violenta do Estado
  15. Quero transparência nas contas públicas que mostrem como o meu dinheiro está indo
    para os médicos nos hospitais equipados,para os hospitais equipados, para as escolas públicas equipadas, para o transporte que valha o preço antigo das passagens e para os professores sem depressão e sem estresse
  16. Quero mais transparência sobre as reservas de nióbio
  17. Quero um alto retorno social em troca pelos impostos enormes que pago
  18. Quero eficiência no funcionamento da máquina pública
  19. Quero uma reestruturação moderna desse aparato político ridículo e velho
  20. Quero inteligência nos processos de criação de leis
  21. Quero que as escolas ensinem às crianças o que são leis
  22. Quero que as escolas ensinem às criançås como fazer leis
  23. Quero que as escolas ensinem às crianças como monitorar seus políticos
  24. Quero que as escolas ensinem às criançås como buscar seus direitos
  25. Quero que as escolas ensinem às crianças como destituir políticos corruptos
  26. Quero que as escolas ensinem às criançås como ter a fé de que elas podem realizar seus sonhos
  27. Quero que o retorno no índice de Desenvolvimento Humano pelo meu investimento que faço no país seja como dos Estados Unidos, do Canadá ou da Noruega
  28. Quero que as pessoas tenham mais oportunidades de ter retorno real pelo esforço no mercado de trabalho
  29. Quero uma economia mais digna, menos massacrada pelos impostos
  30. Quero um país que forme cidadãos que sonhem fazer a diferença, e não que sonhem fazer um concurso.
  31. Quero que os cidadãos sejam ensinados que viver encostado com “estabilidade” em um Estado inchado de contas que não produz nada a não ser papel é fazer crescer o problema, e multiplicar a classe que é uma espécie de “zumbi social”
  32. Quero que o Estado pare de contratar servidores públicos e favoreça as empresas, para que elas criem empregos e contratem trabalhadores por salários maiores. Porque sentar a bunda na cadeira e trabalhar com o que não se gosta só por causa da estabilidade é CHATO PRA CACETE.
  33. Quero um Estado que capacite melhor seus trabalhadores, para que as empresas que hoje não encontram profissionais disponíveis e qualificados no mercado possam encontrá-los, e assim produzir mais riqueza para todos
  34. Quero uma economia menos soterrada por impostos, com um governo responsável controlando suas contas.
  35. Quero um Estado que aplique mecanismos econômicos de ofeta e demanda em sua estrutura, para que haja cada vez menos coronelismo e votos de cabresto
  36. Quero um Estado que funcione de forma meritocrática, premiando políticos por alcançarem o máximo dos resultados prometidos no início de seus mandatos
  37. Quero políticos que aceitem ter suas contas bancárias transparentes
  38. Quero políticos corruptos impedidos de concorrerem novamente a qualquer cargo público
  39. Quero saber se eu estou errado em algum desses pontos.
  40. Quero saber o que você também quer para o nosso país.