A sogra de um amigo começou a ter pequenos lapsos de memória. Em seis meses, sua condição decaiu bastante. Não se lembra de fatos corriqueiros. E com frequência diz verdades que a família preferia silenciar.
— Você sabia que seu primo não é filho do marido da minha irmã? Nem o pai sabe, mas na época ela me contou...
Meu amigo perguntou: — Na sua opinião, o que a gente deve fazer?
Respondi simplesmente: — Cuidar dela.
Ele reagiu com surpresa: — Nós não vamos suportar!
Eu me espanto sempre com o espanto. Fui educado por meus pais. Gostaria de ter tido mais dinheiro, quando eles eram vivos, para lhes oferecer uma condição melhor. Ou confortos que não chegaram a ter. Mas eu e meus irmãos conseguimos no mínimo o necessário: um bom plano médico e, quando a aposentadoria minguou devido aos reajustes menores, uma complementação de renda. Quando criança, eu precisava do apoio de meus pais. Quando envelheceram, precisaram do meu. Em maior ou menor medida, para todos nós é assim.
Então, por que a dúvida?
Eu observo que muitos conhecidos meus não aceitam a fragilidade dos pais. Ou põem em primeiro lugar seus próprios desejos. Em vez de companheiros, tornam-se inimigos. Outro dia vi uma amiga atender o celular irritada.
— É minha mãe. Tem um problema atrás do outro!
Concordo: na velhice, muita gente se torna mais difícil. Ranzinza. Às vezes com problemas mentais, como a sogra de meu amigo. Ou simplesmente solitária. Exigem mais. Reclamam. Mas quando eu era bebê não gritava pedindo para mamar? Não atormentava meus pais de noite? Na vida moderna, a gente aprende que é preciso ter sucesso. Dinheiro. E, na luta pelo tal sucesso, muitas vezes a gente se esquece do amor. Como sentir-se bem se a mãe ou o pai está sozinho em algum lugar, com dificuldades? Entre a ida ao shopping e o programa da noite, não é possível ao menos uma visitinha? Se necessário, morar junto, dividir o espaço, mesmo com dificuldades de relacionamento? Ou a palavra “solidariedade” perdeu o sentido?
Sou um tipo meio fatalista. Acho que a vida dá voltas. Um amigo se casou com uma mulher egoísta. Filho único, de mãe separada e sem pensão. Durante algum tempo, a mãe foi sustentada por um tio solteirão. Quando este faleceu, começaram as brigas domésticas: a mulher não admitia que meu amigo desse dinheiro à mãe. Era um rapaz de classe média. Durante algum tempo, arrumou trabalhos extras para ajudar a idosa. Convencido pela esposa, mudou-se para longe. Visitava a mãe uma vez por ano. Para se livrar da questão financeira, ele a convenceu a vender o apartamento. Durante alguns anos, a mãe viveu desse dinheiro. Muitas vezes lamentando a falta do filho, mas o que fazer? Ele sempre tão ocupado, viajando pelo mundo todo, não tinha tempo disponível. Na casa da mãe, faltou até o essencial. E ela faleceu sozinha.
O tempo passou. Hoje esse mesmo amigo, outrora um profissional disputado, está desempregado. Foi obrigado a se instalar com a família na casa dos sogros, onde é atormentado diariamente. A filha cresceu e saiu de casa. Quer seguir seu próprio rumo!
Meu amigo não tem renda, nem bens. Está quase se divorciando. Ficou fora do mercado de trabalho. O que vai acontecer? A filha cuidará dele? Tenho dúvidas, porque ele não a ensinou com seu próprio exemplo.
Pode parecer piegas. Mas acho que a vida é um eterno ciclo afetivo. Em uma época, todos nós somos filhos. Em outra, nos tornamos pais. É nossa vez de cuidar de quem cuidou de nós.
Walcyr Carrasco
Sejam bem vindos a este espaço!!! A casa é sua, entre, fique a vontade, visite todos os cantinhos, cada um é um pedaço de mim....
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam
tão difíceis para ela.
Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir.
Estava cansada de lutar e combater.
Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.
Seu pai, um chef, levou-a até a cozinha dele.
Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto.
Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e na última,
pó de café.
Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele
estaria fazendo.
Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás.
Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela.
Retirou os ovos e os colocou em uma tigela.
Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma tigela.
Virando-se para ela, perguntou:
- "Querida, o que você está vendo?"
- "Cenouras, ovos e café," ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.
Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse.
Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com
a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café.
Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.
- "O que isto significa, pai?"
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade: a água
fervendo.
Mas que cada um reagira de maneira diferente.
A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido
submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.
Os ovos eram frágeis, sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas
depois de terem sido fervidos na água, seu interior se tornara mais rijo.
O pó de café, contudo, era incomparável; depois que fora colocado na água
fervente, ele havia mudado a água.
Ele perguntou à filha:
- "Qual deles é você, minha querida?"
Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde?
Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você
murcha, torna-se frágil e perde sua força?
Ou será você como o ovo, que começa com um coração maleável mas que depois
de alguma perda ou decepção se torna mais duro, apesar de a casca parecer a
mesma?
Ou será que você é como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em
algo melhor ainda do que ele próprio?
Somos nós os responsáveis pelas próprias decisões.
Cabe a nós, somente a nós - decidir se a suposta crise irá ou não afetar
nosso rendimento profissional, nossos relacionamentos pessoais, nossa vida enfim.
Ao ouvir outras pessoas reclamando da situação, ofereça uma palavra positiva.
Mas você precisa acreditar nisso.
Confiar que você tem capacidade e tenacidade suficientes para superar mais
este desafio.
Espero que, nestas semanas que se seguem, quando lhe convidarem para tomar
um café, você possa repassar essa história.
Uma vida não tem importância se não for capaz de impactar positivamente
outras vidas.
Autor Desconhecido
tão difíceis para ela.
Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir.
Estava cansada de lutar e combater.
Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.
Seu pai, um chef, levou-a até a cozinha dele.
Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto.
Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e na última,
pó de café.
Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele
estaria fazendo.
Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás.
Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela.
Retirou os ovos e os colocou em uma tigela.
Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma tigela.
Virando-se para ela, perguntou:
- "Querida, o que você está vendo?"
- "Cenouras, ovos e café," ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.
Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse.
Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com
a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café.
Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.
- "O que isto significa, pai?"
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade: a água
fervendo.
Mas que cada um reagira de maneira diferente.
A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido
submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.
Os ovos eram frágeis, sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas
depois de terem sido fervidos na água, seu interior se tornara mais rijo.
O pó de café, contudo, era incomparável; depois que fora colocado na água
fervente, ele havia mudado a água.
Ele perguntou à filha:
- "Qual deles é você, minha querida?"
Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde?
Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você
murcha, torna-se frágil e perde sua força?
Ou será você como o ovo, que começa com um coração maleável mas que depois
de alguma perda ou decepção se torna mais duro, apesar de a casca parecer a
mesma?
Ou será que você é como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em
algo melhor ainda do que ele próprio?
Somos nós os responsáveis pelas próprias decisões.
Cabe a nós, somente a nós - decidir se a suposta crise irá ou não afetar
nosso rendimento profissional, nossos relacionamentos pessoais, nossa vida enfim.
Ao ouvir outras pessoas reclamando da situação, ofereça uma palavra positiva.
Mas você precisa acreditar nisso.
Confiar que você tem capacidade e tenacidade suficientes para superar mais
este desafio.
Espero que, nestas semanas que se seguem, quando lhe convidarem para tomar
um café, você possa repassar essa história.
Uma vida não tem importância se não for capaz de impactar positivamente
outras vidas.
Autor Desconhecido
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Casa arrumada
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa
entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário
de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os
móveis, afofando as almofadas. Não, eu prefiro viver numa casa onde eu
bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida.
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e
os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas,
que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e
vela de aniversário, tudo junto.
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos.
Netos, pros vizinhos. E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados
por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias.
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela.
E reconhecer nela o seu lugar.
Carlos Drummond de Andrade
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa
entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário
de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os
móveis, afofando as almofadas. Não, eu prefiro viver numa casa onde eu
bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida.
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e
os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas,
que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e
vela de aniversário, tudo junto.
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos.
Netos, pros vizinhos. E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados
por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias.
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela.
E reconhecer nela o seu lugar.
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
A IDADE E A MUDANÇA
“Mês passado participei de um evento sobre as mulheres no mundo contemporâneo.
Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi.
Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito.
Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?'
Onde, não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo.
Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.
Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas, mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se ‘mudança’.
De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora.
A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.
Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.
Mudança, o que vem a ser tal coisa?
Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho.
Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.
Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos.
Rejuvenesceu.
Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol.
Rejuvenesceu.
Toda mudança cobra um alto preço emocional.
Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza.
Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.
Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna.
Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.
Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.
Olhe-se no espelho...”
Lya Luft
Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi.
Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito.
Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?'
Onde, não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo.
Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.
Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas, mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se ‘mudança’.
De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora.
A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.
Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.
Mudança, o que vem a ser tal coisa?
Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho.
Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.
Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos.
Rejuvenesceu.
Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol.
Rejuvenesceu.
Toda mudança cobra um alto preço emocional.
Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza.
Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.
Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna.
Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.
Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.
Olhe-se no espelho...”
Lya Luft
sábado, 22 de outubro de 2011
Amigo é feito casa
Amigo é feito casa que se faz aos poucos
e com paciência pra durar pra sempre
Mas é preciso ter muito tijolo e terra
preparar reboco, construir tramelas
Usar a sapiência de um João-de-barro
que constrói com arte a sua residência
há que o alicerce seja muito resistente
que às chuvas e aos ventos possa então a proteger
E há que fincar muito jequitibá
e vigas de jatobá
e adubar o jardim e plantar muita flor toiceiras de resedás
não falte um caramanchão pros tempos idos lembrar
que os cabelos brancos vão surgindo
Que nem mato na roceira
que mal dá pra capinar
e há que ver os pés de manacá
cheínhos de sabiás
sabendo que os rouxinóis vão trazer arrebóis
choro de imaginar!
pra festa da cumieira não faltem os violões!
muito milho ardendo na fogueira
e quentão farto em gengibre
aquecendo os corações
A casa é amizade construída aos poucos
e que a gente quer com beira e tribeira
Com gelosia feita de matéria rara
e altas platibandas, com portão bem largo
que é pra se entrar sorrindo
nas horas incertas
sem fazer alarde, sem causar transtorno
Amigo que é amigo quando quer estar presente
faz-se quase transparente sem deixar-se perceber
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece lugar pra dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem
quando não tem, finge que tem,
faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão.
e com paciência pra durar pra sempre
Mas é preciso ter muito tijolo e terra
preparar reboco, construir tramelas
Usar a sapiência de um João-de-barro
que constrói com arte a sua residência
há que o alicerce seja muito resistente
que às chuvas e aos ventos possa então a proteger
E há que fincar muito jequitibá
e vigas de jatobá
e adubar o jardim e plantar muita flor toiceiras de resedás
não falte um caramanchão pros tempos idos lembrar
que os cabelos brancos vão surgindo
Que nem mato na roceira
que mal dá pra capinar
e há que ver os pés de manacá
cheínhos de sabiás
sabendo que os rouxinóis vão trazer arrebóis
choro de imaginar!
pra festa da cumieira não faltem os violões!
muito milho ardendo na fogueira
e quentão farto em gengibre
aquecendo os corações
A casa é amizade construída aos poucos
e que a gente quer com beira e tribeira
Com gelosia feita de matéria rara
e altas platibandas, com portão bem largo
que é pra se entrar sorrindo
nas horas incertas
sem fazer alarde, sem causar transtorno
Amigo que é amigo quando quer estar presente
faz-se quase transparente sem deixar-se perceber
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece lugar pra dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem
quando não tem, finge que tem,
faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Sabedoria de Avó...
Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de Porto (pode ser um impecável cabernet), dizer à minha neta:
- Querida, venha cá.
Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado.
Tenho umas coisas pra te contar.
E assim, dizer apontando o indicador para o alto:
- O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração!
Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões.
E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte.
Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
É preciso coragem para ser feliz.
Seja valente.
Siga sempre seu coração.
Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão.
Satisfaça seus desejos.
Esse é seu direito e obrigação.
Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser
uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.
Tenha poucos e bons amigos.
Tenha filhos.
Tenha um jardim.
Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, a Barcelona e à Austrália.
Cuide bem dos seus dentes.
Experimente, mude, corte os cabelos.
Ame.
Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro.
Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito..."
Vai que o carteiro ganha na loteria
- tudo é possível, e o futuro é imprevisível.
Tenha uma vida rica de vida! Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
Saiba AMAR, amando...
E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável.
Porque sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários.
Se for se casar, faça por amor.
Não faça por segurança, carinho ou status.
A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco!
Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você.
Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão.
É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação.
Leia. Pinte, desenhe, escreva.
E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim.
Compreenda seus pais.
Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.
Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
Era só isso, minha querida.
Agora é a sua vez.
Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: como vai você?
Isso vale para todos nós, pais, filhos, netos e amiga(o)s...
O Espelho de Gandhi
Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos.
Ele respondeu:
A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade.
A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável,
que as pessoas são tristes, se estou triste,
que todos me querem, se eu os quero,
que todos são ruins, se eu os odeio,
que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio,
que há faces amargas, se eu sou amargo,
que o mundo está feliz, se eu estou feliz,
que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva,
que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante mim.
"Quem quer ser amado, ame"
Ele respondeu:
A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade.
A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável,
que as pessoas são tristes, se estou triste,
que todos me querem, se eu os quero,
que todos são ruins, se eu os odeio,
que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio,
que há faces amargas, se eu sou amargo,
que o mundo está feliz, se eu estou feliz,
que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva,
que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante mim.
"Quem quer ser amado, ame"
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Amor Maiúsculo
Um homem de idade já bem avançada veio à Clínica onde trabalho, para fazer um curativo na mão ferida... Estava apressado, dizendo-se atrasado para um compromisso, e enquanto o tratava perguntei-lhe qual o motivo da pressa. Ele me disse que precisava ir a um asilo de anciãos para, como sempre, tomar o café da manhã com sua mulher que estava internada lá.
Disse-me que ela já estava há algum tempo nesse lugar porque tinha um Alzheimer bastante avançado.
Enquanto acabava de fazer o curativo, perguntei-lhe se ela não se alarmaria pelo fato de ele estar chegando mais tarde.
- Não, ele disse. Ela já não sabe quem eu sou. Faz quase cinco anos que não me reconhece.
Estranhando, lhe perguntei:
- Mas se ela já não sabe quem o senhor é, porque essa necessidade de estar com ela todas as manhãs?
Ele sorriu e dando-me uma palmadinha na mão, disse:
- É. Ela não sabe quem eu sou, mas eu, contudo, sei muito bem quem é ela.
Meus olhos lacrimejaram enquanto ele saía e eu pensei: essa é a classe de amor que eu quero para a minha vida.
"O verdadeiro amor não se reduz ao físico
nem ao romântico. O verdadeiro amor é a
aceitação de tudo o que o outro é, do que
foi, do que será e... do que já não é..."
Disse-me que ela já estava há algum tempo nesse lugar porque tinha um Alzheimer bastante avançado.
Enquanto acabava de fazer o curativo, perguntei-lhe se ela não se alarmaria pelo fato de ele estar chegando mais tarde.
- Não, ele disse. Ela já não sabe quem eu sou. Faz quase cinco anos que não me reconhece.
Estranhando, lhe perguntei:
- Mas se ela já não sabe quem o senhor é, porque essa necessidade de estar com ela todas as manhãs?
Ele sorriu e dando-me uma palmadinha na mão, disse:
- É. Ela não sabe quem eu sou, mas eu, contudo, sei muito bem quem é ela.
Meus olhos lacrimejaram enquanto ele saía e eu pensei: essa é a classe de amor que eu quero para a minha vida.
"O verdadeiro amor não se reduz ao físico
nem ao romântico. O verdadeiro amor é a
aceitação de tudo o que o outro é, do que
foi, do que será e... do que já não é..."
Mensagem aos Professores
1. A você foi confiado a mais importante das tarefas: EDUCAR!
2. Educar é abrir novos horizontes.
3. E quantos espinhos encontra em sua missão!
4. Incompreensão, rebeldia, desgaste.. Sim, educar, é muito difícil!
5. Mas ao primeiro sinal de êxito, nossas forças se renovam.
6. Nós nascemos para nos doarmos, para nos multiplicarmos nos pequenos rostos que nos cercam.
7. Às vezes pensamos que ninguém percebe a grandiosidade de nossa missão!
8. Há muitos que nos observam e sentem o quanto nós somos importantes no contexto humano do
desenvolvimento.
9. Num trabalho paciente e incessante, formamos o caráter, a estrutura do ser humano.
10. Nossa missão é divina.
11. O nosso trabalho é nobre. De nós nasce a razão e o progresso!
12. De nós nasce a união e a harmonia de um povo!
13. Esqueçamos o cansaço, a preocupação!!!
Há muita gente desejando nossa felicidade!!!
14. Professor: Exemplo de amor extremo.
Dando aulas semeia instrução.
15. Ensina o bem, o amor e a oração. Eis o grande missionário: O PROFESSOR!
2. Educar é abrir novos horizontes.
3. E quantos espinhos encontra em sua missão!
4. Incompreensão, rebeldia, desgaste.. Sim, educar, é muito difícil!
5. Mas ao primeiro sinal de êxito, nossas forças se renovam.
6. Nós nascemos para nos doarmos, para nos multiplicarmos nos pequenos rostos que nos cercam.
7. Às vezes pensamos que ninguém percebe a grandiosidade de nossa missão!
8. Há muitos que nos observam e sentem o quanto nós somos importantes no contexto humano do
desenvolvimento.
9. Num trabalho paciente e incessante, formamos o caráter, a estrutura do ser humano.
10. Nossa missão é divina.
11. O nosso trabalho é nobre. De nós nasce a razão e o progresso!
12. De nós nasce a união e a harmonia de um povo!
13. Esqueçamos o cansaço, a preocupação!!!
Há muita gente desejando nossa felicidade!!!
14. Professor: Exemplo de amor extremo.
Dando aulas semeia instrução.
15. Ensina o bem, o amor e a oração. Eis o grande missionário: O PROFESSOR!
terça-feira, 18 de outubro de 2011
MULHER MADURA
Mulher Madura,
não pega, ela toca
não come, ela se alimente
não provoca, ela já é provocante
não é inteligente, ela é sábia
não se insinua, ela mostra o caminho sutilmente
Mulher Madura,
não se precipita, espera o momento certo
não nada, navega
não voa, flutua
não pensa em quantidade, prefere a qualidade
não vê, ela observa
Mulher Madura,
não anda, ela caminha
não deita, adormece
não é pretenciosa, simplesmente se gosta
não julga, analisa
não compara, assimila
Mulher Madura,
não consola, acalenta
não acorda, desperta
não coloca algema, ela o deixa livre
não enfeitiça, encanta
não é decidida, apenas sabe o que quer
Mulher Madura,
não é exigente, é seletiva
não se sente velha, se considera experiente
não se lamenta, tenta fazer diferente
não tem medo, tem receios
não faz juras, deixa por conta do tempo
Mulher Madura,
não tira conclusões, faz suposições
não desce do salto, tem jogo de cintura
não brilha, ela é ILUMINADA
não dá tchau, ela acena
não gosta de ser vigiada, prefere ser escoltada
Mulher Madura,
não é moderna, ela é ELEGANTE
não quer ser cobiçada, prefere ser desejada
não possue sombras, ela tem AURA
não advinha, ela tem percepção
não faz sexo, ela é mestra na arte de amar
Mulher Madura,
não fica, ela se envolve
não é fácil, ela é flexivel
não manda, ela administra
não aflora, ela é um constante FLORESCER
Enfim a Mulher Madura é um conjunto de todas as belezas possíveis.
Mulher sensível mais ao mesmo tempo uma verdadeira guerreira,
porém muitos não possuem sensibilidade para perceber tal beleza.
Mas aqueles que descobrem... preferem morrer nos braços dessa tal mulher,
que não é doce, mas que simplesmente é PURO MEL.
Vanessa Pena
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Obrigado Vida
Obrigado Vida,
por me proporcionar o dia de HOJE!
Sei que este dia é a
minha chance de guardar
as boas lembranças do passado e
conservá-las
como presentes que me fizeram sorrir.
Sei que este dia me dá a
oportunidade de deixar para trás
tudo aquilo que eu permiti que
me fizesse chorar,
só conservando comigo as
lições que eu aprendi.
Sei que essas lições me tornaram
mais forte
para viver no dia de HOJE.
Sei que, seja como for,
assim como tantas
coisas já passaram,
este dia também passará.
Obrigada Vida,
por mais uma jornada de 24 horas
que certamente são,
no mínimo, mais 24 lições.
Obrigada por me dar a consciência
de que o dia de ontem me trouxe
informações que HOJE
posso usar ou jogar fora.
E obrigada, acima de tudo,
por me ensinar a cada dia
que o amanhã é algo que
está fora do meu controle,
não podendo ser alvo de seta de preocupação
que certamente se perderia.
Obrigada Vida,
por me ensinar HOJE que ainda não
existe o futuro,
que já não existe o passado,
e que eu só posso agir no momento presente ,
deixando nas mãos de Deus
tudo o que pra mim foi planejado.
(Silvia Schmidt)
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Você é...
Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.
Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.
(Martha Medeiros)
Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.
(Martha Medeiros)
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Viver e existir
"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."
(Oscar Wilde)
(Oscar Wilde)
Sorte ou azar?
Conta-se que há muito tempo, um homem ganhou um cavalo. Na época isto era um símbolo de riqueza. Seus vizinhos disseram:
- Mas que homem de sorte... E ele, imperturbável, respondeu:
- Talvez, depende...
Um dia, o cavalo fugiu. Os vizinhos disseram:
- Mas que homem de azar, teve a alegria para depois perdê-la. E o homem, mais uma vez respondeu:
- Talvez, depende...
Algum tempo se passou e um dia o cavalo retornou, agora acompanhado de vinte e cinco outros cavalos
selvagens... Os vizinhos, todos admirados, então disseram:
- Mas não é que o homem é mesmo um homem de sorte...
O homem, sempre tranqüilo e imparcial, respondeu:
- Talvez, depende...
Certa manhã, seu filho foi domar um dos cavalos selvagens e este o derrubou, quebrando-lhe a perna.
Então os vizinhos responderam num só coro:
- Mas que homem de azar...
E como sempre, o homem respondeu:
- Talvez, depende...
Aconteceu que algumas semanas depois estourou a guerra e todos os jovens foram convocados, morrendo todos. Seu filho, no entanto, estava de perna enfaixada e não precisou ir... Todos os vizinhos, mais uma vez, disseram:
- Quem homem de sorte...
Os acontecimentos em sua vida diária têm somente o significado que você atribui a eles. Visto de outra maneira, não há sorte nem azar, boas notícias nem más notícias; há somente notícias e fatos. Você tem o poder de escolher suas percepções. Você exercita esse poder de escolha em qualquer circunstância, todos os dias de sua vida. Quando você considerar a importância dessa observação para sua própria vida, creio que entenderá porque penso que essa é uma verdade profunda.
- Mas que homem de sorte... E ele, imperturbável, respondeu:
- Talvez, depende...
Um dia, o cavalo fugiu. Os vizinhos disseram:
- Mas que homem de azar, teve a alegria para depois perdê-la. E o homem, mais uma vez respondeu:
- Talvez, depende...
Algum tempo se passou e um dia o cavalo retornou, agora acompanhado de vinte e cinco outros cavalos
selvagens... Os vizinhos, todos admirados, então disseram:
- Mas não é que o homem é mesmo um homem de sorte...
O homem, sempre tranqüilo e imparcial, respondeu:
- Talvez, depende...
Certa manhã, seu filho foi domar um dos cavalos selvagens e este o derrubou, quebrando-lhe a perna.
Então os vizinhos responderam num só coro:
- Mas que homem de azar...
E como sempre, o homem respondeu:
- Talvez, depende...
Aconteceu que algumas semanas depois estourou a guerra e todos os jovens foram convocados, morrendo todos. Seu filho, no entanto, estava de perna enfaixada e não precisou ir... Todos os vizinhos, mais uma vez, disseram:
- Quem homem de sorte...
Os acontecimentos em sua vida diária têm somente o significado que você atribui a eles. Visto de outra maneira, não há sorte nem azar, boas notícias nem más notícias; há somente notícias e fatos. Você tem o poder de escolher suas percepções. Você exercita esse poder de escolha em qualquer circunstância, todos os dias de sua vida. Quando você considerar a importância dessa observação para sua própria vida, creio que entenderá porque penso que essa é uma verdade profunda.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Ser criança é assim...
Correr até acabar o fôlego, rolar pelo chão sem medo de se sujar, falar o que vier na cabeça e fazer de qualquer coisa uma brincadeira.
Época da vida da qual temos saudades quando envelhecemos.
E é exatamente nesta data dedicada a todos esses pequeninos, que têm a inocência como principal característica, que devemos não só valorizar a vitalidade infantil, como também procurar resgatar a essência da criança.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Todo dia existe Deus
Um dia me perguntaram se eu acreditava em Deus...
...eu então lhes respondi da maneira como eu pensava.
Todo dia existe Deus...
...num sorriso de criança,
no canto dos passarinhos,
num olhar, numa esperança.
Todo dia existe Deus...
...na harmonia das cores,
na natureza esquecida,
na fresca aragem da brisa,
na própria essência da vida.
Todo dia existe Deus...
...no regato cristalino,
no pequeno servo do mar,
nas ondas lavando as praias,
na clara luz do luar.
Todo dia existe Deus...
...na escuridão do infinito
todo ponteado de estrelas,
na amplidão do universo,
no simples prazer de vê-las.
Todo dia existe Deus...
...nos segredos desta vida,
no germinar da semente,
nos movimentos da Terra
que gira incessantemente.
Todo dia existe Deus...
...no orvalho sobre a relva,
na natureza que encanta,
no cheiro que vem da terra
e no sol que se levanta.
Todo dia existe Deus...
...nas flores que desabrocham
perfumando a atmosfera,
nas folhas novas que brotam
anunciando a primavera.
Deus é capaz,
Deus é paz,
Deus é esperança.
É o alento do aflito,
o Criador do Universo,
da luz, do ar, da aliança.
Deus é a justiça perfeita
que emana do coração.
Ao perdoar quem ofende
Ele é o próprio perdão.
Será que você ainda não viu o rosto de Deus
no colorido mais belo
dos olhos dos filhos seus?
Deus é constante e perene. É divino!
De tal sorte que sendo essência da vida
é o descanso na morte...
Não há vida sem volta e não há volta sem vida...
A morte não é morte, é só a porta da vida.
Todo dia existe Deus...
No ciclo da natureza, neste ir e vir constante,
no broto que se renova, na vida que segue adiante,
em quem semeia bondade e em quem ajuda o irmão,
colhendo felicidade, cumprindo a sua missão...
Todo dia existe Deus...
...no suor de quem trabalha,
no calo duro das mãos,
no homem que planta trigo,
no trigo que faz o pão.
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