quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Paciencia...

O mais difícil é ajudar em silêncio, amar sem críticar, dar sem pedir, entender sem reclamar...
A aquisição mais difícil para nós todos chama-se paciência.
Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.
Por muito pouco a madame que parece uma 'lady' solta palavrões e berros que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'...
E o bem comportado executivo? O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma 'mala sem alça'.
Aquela velha amiga, uma 'alça sem mala', o emprego, uma tortura, a escola, uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava
demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado..
Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.
Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém que você saiba que é 'ansioso demais' aonde ele quer chegar. Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você?
Aonde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem?
Seu coração vai aguentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa em que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?
Respire... Acalme-se...
O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia, vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência....

(Arnaldo Jabor)



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fácil e Difícil

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que se expresse sua opinião...
Difícil é expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias...
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros.
Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir...
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma...
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado...

Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece.
Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã...
Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e as vezes impetuosas, a cada dia que passa.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar...
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar...
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Fácil é ditar regras e, Difícil é segui-las...



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pacto com a Felicidade

                                                                                             
De hoje em diante todos os dias ao acordar, direi:
Eu hoje vou ser Feliz!
Vou lembrar de agradecer ao sol
Pelo seu calor e luminosidade,
Sentirei que estou vivendo, respirando. 

Posso desfrutar de todos os recursos da natureza gratuitamente.
Não preciso comprar o canto dos pássaros,
nem o murmúrio das ondas do mar.
Lembrarei de sentir a beleza das árvores, das flores.
Vou sorrir mais, sempre que puder.
Vou cultivar mais amizades e neutralizar as inimizades.
Não vou julgar os atos dos meus semelhantes ou companheiros
Vou aprimorar os meus.
Lembrarei de ligar para alguém
para dizer que estou com saudades!
Reservarei minutos de silêncio,
para ter a oportunidade de ouvir.
Não vou lamentar nem amargar as injustiças,
Vou pensar no que posso fazer para diminuir seus efeitos.
Terei sempre em mente que um minuto passado, não volta mais,
Vou viver todos os minutos proveitosamente,
Não vou sofrer por antecipação prevendo futuros incertos,
Nem com atraso, lembrando de coisas
sobre as quais não tenho mais ação.
Não vou pensar no que não tenho e que gostaria de ter,
Mas em como posso ser feliz com o que possuo,
E o maior bem que possuo é a própria vida.

Vou lembrar de ler uma poesia e de ouvir uma canção,
Vou dedicá-las a alguém.
Vou fazer alguma coisa para alguém, sem esperar nada em troca,
Apenas pelo prazer de ver alguém sorrir.
Vou lembrar que existe alguém que me quer bem,
Vou dedicar uns minutos de pensamento para os que já se foram
Para que saibam que serão sempre uma doce lembrança,
até que venhamos a nos encontrar outra vez.
                                                            
Vou procurar dar um pouco de alegria para alguém,
Especialmente quando sentir que
a tristeza e o desânimo querem se aproximar.
E quando a noite chegar, vou olhar para o céu,
para as estrelas e para o luar e
Agradecer a Deus, porque
Hoje Eu fui Feliz!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Bom Fim de Semana

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar.

Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.

Hoje sei que isso é...Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.

Hoje chamo isso de... Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.

Hoje sei que o nome disso é... Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.

Hoje sei que se chama... Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.

Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.

Hoje sei que isso é... Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.

Hoje descobri a... Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.

Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.

Tudo isso é... Saber viver!!!



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Corridas de sapinhos

Era uma vez uma corrida de sapinhos. Eles tinham que subir uma grande torre, atrás havia uma grande multidão, muita gente que vibrava com eles.

Começou a competição. A multidão dizia:

Não vão conseguir! Não vão conseguir

Os sapinhos iam desistindo um a um, menos um deles que continuava subindo. E a multidão continuava a clamar.

Você não vai conseguir! Não vai conseguir, desista logo!

No entanto o sapinho solitário continuava a subir, ignorando o clamor que vinha da platéia.

Chegando no final da competição, depois de ter rompido a fita de chegada o sapinho foi declaro vencedor. Era notória a cara de frustração daqueles que tinham desistido da competição.

Todos queriam saber o que aconteceu, quando foram perguntar ao sapinho vencedor como ele conseguiu chegar até o fim, descobriram que ele era “SURDO”.

Quando nós nos encontramos em uma situação que precise de coragem, devemos fazer de surdos diante das vozes que tentam nos desestimular. Tape os ouvidos aqueles que falam que você não vai conseguir.

Seja surdo aos apelos negativos.




domingo, 14 de agosto de 2011

Ser pai é ser...


Ser pai é ser criança, aprendendo e vivendo sempre coisas novas e boas.
Pois só assim é que se cresce.

Ser pai é ser filho, seguindo e trilhando os rumos traçados pelos pais.
Pois eles só querem o nosso bem.

Ser pai é ser irmão, sendo um pai dos filhos mais novos e mais velhos.
Pois desta maneira se treina para paternidade.

Ser pai é ser amigo, compreendendo e ajudando os amigos que precisam de um pai. Pois eles retribuirão com gratidão.

Ser pai é ser avô, observando e encaminhado os filhos a serem bons pais.
Pois eles conseguirão a maturidade.

Ser pai é ser mestre, espalhando a sabedoria e seus conhecimentos.
Pois é assim que se constrói um mundo melhor.

Ser pai é ser pai, orientando e encaminhado os filhos a seguirem o bom caminho. Pois só assim se obtém a felicidade.

FELIZ DIA DOS PAIS
 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Faça e viva

"Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."


(Luís Fernando Veríssimo)



Carregue menos

Um consultor estava dando uma palestra sobre gerenciamento de tensão: Como controlar e administrar os problemas do dia-a-dia no trabalho e fora dele.
De repente, ele levantou um copo d'água e perguntou para a platéia:
- Quanto vocês acham que pesa este copo d'água?
As respostas variaram de vinte a quinhentos gramas. O especialista, então, fez o seguinte comentário:
- Não importa o peso absoluto. Tudo depende do tempo que fico segurando o copo d'água.
Se eu seguro por um minuto, tudo bem.
Se fico segurando durante uma hora, meu braço vai doer.
Se eu ficar com o copo na mão o dia inteiro, vocês vão ter que chamar uma ambulância...
O peso é o mesmo, mas quanto mais tempo passo segurando o copo, mais pesado ele vai ficando...
Se a gente carrega as nossas cargas de preocupação o tempo todo, mais cedo ou mais tarde não vamos mais ser capazes de suportá-las porque o fardo vai ficar cada vez mais pesado.
O que a gente tem que fazer é deixar essa carga em algum lugar e descansar um pouco, antes de voltar e carregá-la novamente.
Experimente deixar o peso do trabalho em algum canto antes de voltar pra casa.
Aproveite ao máximo o tempo precioso que você tem com a sua família e com os seus amigos.
Cada momento desse, vivido com leveza e descontração, é único!
E deixa a vida muito mais leve!




terça-feira, 9 de agosto de 2011

Emoções

Há coisas na vida da gente que nos deixam felizes...
Há outras que com o tempo se revelam e só nos causam sofrimento.
Há outras ainda que aos poucos nos decepcionam, ate o ponto que o entusiasmo morre e ai já não sentimos mais emoção.
Os relacionamentos são assim (as vezes)...
No inicio nos transmitem tanta coisa boa, tudo é perfeito, o tratamento, o jeito de falar, de andar, de sorrir... o coração bate mais forte, as pernas tremem...
Com o tempo, com a visão do dia-a-dia, com a intimidade, as pessoas já não parecem mais tão perfeitas para nos.
As amizades acabam, os namoros, os noivados, casamentos acabam, os encantos são quebrados, a magia é
descoberta e não conseguimos mais enxergar as coisas boas que a outra pessoa tem...
Analisamos tudo por um prisma implacável, que só nos diz a pura verdade, só no diz o que tem dentro da gente, o sentimento mais profundo, a percepção e a intuição de que aquela pessoa não tem mais lugar nas nossas vidas.
A vida é assim... encantamentos e decepções, amores e ilusões, alegrias e tristezas, saudade e indiferença,
satisfações e frustrações...
A única coisa que fica, é a lembrança de momentos bons, de palavras de carinho, de um olhar, de um sorriso, do toque da pele, do cheiro, do sentimento que se foi.
A única sobrevivente é a esperança de um dia encontrarmos tudo isso novamente e que dessa vez o encantamento dure muito, muito tempo em nossas vidas.
Todos nos precisamos amar e ser amados, todos nos precisamos de alguém que nos de carinho, que goste de nos verdadeiramente, sem querer nada em troca, sem interesses escusos ou conveniências momentâneas, nos ame pelo o que nos somos, com todos os defeitos, com todas as virtudes...
Todos nos precisamos ser felizes!


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Minimamente Feliz

A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.
Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.
Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.
'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.
Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem estar indescritível'.
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.
Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.
Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.
Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.
Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas
alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.
Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.


domingo, 7 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Vocabulário feminino

Se eu tivesse que escolher uma palavra - apenas uma - para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas:descomplicar. Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho. Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.

Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna. Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano. E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas. Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango ( ou um CAMPARI )e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes - isso, sim, faz bem para a pele. Para a alma, então, nem se fala. Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio. Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia - não importa - e a ficar em silêncio. Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada - faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.
Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas mesas de restaurantes, nem pensar. Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão? Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza. Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir. Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar. Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça. E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.

E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição. O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil. Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni. Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres. Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.

Leila Ferreira - Jornalista